15 de outubro de 2008

O Médico - parte 18

Meu povo e minha póva kkkkkkkkkk essa foi horrivel, mas tudo bem, mais umz vez estamos aqui para contar mais um pouquinho desta his´toria impressionante. Interessante é a forma da divulgação, muitas pessoas perdem o conto por não confiarem, claro, muitos ja ficam com dúvidas, pessoas informam sobre contos, pensam que é uma merda, mas uma perda de tempo, quando aparece alguma que vale a pena, perdem, por isso, divulguem, ajudem a divulgar e comentem né, aliás, nosso autor maravilhoso, Benjamim, sempre visita o blog, ele sempre dá uma olhada por aqui, então, vamos parabenizá-lo.

Bom, como fizemos a enquete para saber se o banner da rádio continua ou não, e o voto vencido foi que ele deve ser retirado, ele nao faz mas parte do Porta Retrato.

Hooje não posterei fotos, apenas respondendo aos comentários e colocando mais uma parte do conto.


Marcello disse...
Olá, Rafa! É a primeira vez que posto um comentário no seu blog, apesar de sempre entrar para acompanhar a linda história de amor entre Benjamin e Henrique, e, é claro, apreciar as belas fotos que são postadas por aqui. rsrs. Espero que esse seu desânimo seja passageiro e que volte a nos alegrar com sua presença e seu alto astral. Hoje tenho 36 anos (com carinha de 25 rsrs), mas quando tinha 17 foi que minha família "descobriu" que eu era gay. Foi uma barra. Meus pais eram adotivos e por se sentiram culpados, decidiram que eu deveria ir morar com a minha mãe biológica. Foi muito triste. Imagine ter que conviver com uma família totalmente estranha da noite pro dia. Não tínhamos nada em comum. Enfim, depois de um ano, meus pais adotivos repensaram e me trouxeram de volta, até porque viram que eu estava sofrendo ali. Me aceitaram, com a condição de que eu só saísse do armário e não de baiana no carnaval, se é que me entende. De lá pra cá tive alguns namorados e todos foram muito bem tratados pela minha família. Com o tempo, e muito diálogo, nós pudemos desmistificar aquela idéia que eles tinham de que todo gay é promíscuo, todo gay gosta de dar show onde chega, que não pode ver um homem que quer pular dentro das calças dele, e por aí vai. Infelizmente, é assim que algumas famílias conservadores ainda nos vêem. Já fui casado e tenho duas filhas, e tão logo elas tenham idade para entender, pretendo dizer para elas quem é o pai delas. Não tenho nenhuma intenção de viver me escondendo. Acho que dezessete anos foi tempo demais. Vou ficar por aqui, ansioso por mais um cápítulo do conto. Beijo grande pra ti e pra todos que fazem desse blog, um point tão interessante. Hasta la vista, babe!!


Resposta: O Marcelo, seja muito bem vindo. Cara, no seu caso, já que tem filhos deve ter sido mais dificil, mas ao mesmo tempo é mais "orgulhoso" de se ver, pois encarou a tudo e a todos, não fica como alguns caras casados, pai de familias pelas ruas que não podem ver um pau e já caem matando. Você foi digno, isso é muito legal. NOssa Marcelo, você acha que tenho alto astral? que legal, tenho me sentido tão pra baixo, me sinto um pouco melhor, obrigado cara.



Anônimo disse...
Ola, não querendo ser repetitivo aos outros posts mas tb achei o site por acaso e voltei ao inicio para ler o conto imaginando que seria apenas mais um na net. Mas a partir dai realmente me senti tocado com a historia e com o Benjamim, a cada nova reação dele fico impressionado com a semelhança com a maneira como reajo ou penso (mesmo que inconsientemente), semelhanças no medo de me espor,na muralha erguida em volta de mim como zona de conforto para proteger meu segredo, no medo que descubrão, na blindagem dos sentimentos que desde a infancia desenvolvemos e em tantos outros momentos relatados.O Ben é alguem que não conheço mas que ja me parece tao intimo e presente como um amigo real. Mesmo sem conhece-lo e sem saber o final da historia fico feliz por ele e pelo Henrique e por tudo que tem juntos. Quanto aos outros comentarios fica evidente o quanto apesar de sermos todos gays somos diferentes, agimos, pensamos e aceitamos essa condição de forma diferente uns muito mais facilmente outros como eu e o Ben de forma muito mais dificil e sacrificada, e que nada tem a ver com a dependencia financeira exclusivamente e sim muito mais a ver com nossa cabeça e nossos medos mais intimos.
Tudo isso, só me faz pensar que sim, somos iguais, mas somos todos diferentes sejamos heteros ou gays e como seria bom se isso fosse compreendido e respeitado.
Um forte abraço e nao deixe de postar pois ja sinto falta da atualização do site que espero com ansiedade sempre
.


Resposta: Ola vc, anônimo, valeu e saiba que Benjamim ficará ciente do seu comentário. Ele tem esse dom de nos atrair, sua história faz com que fiquemos atentos, como se estivessemos dentro da história, participando assíduamente da vida dele, praticamente ele está intímo da gente kkkkkkkkkkkk essa é a verdade kkkkkkkkkkk


Juliano disse...
Rafa do céu, que conto é esse rapaz!!! Você sabe que eu adoro o conto, adoro o Ben e sou apaixonado pelo rique (quem nao é?), mas esse conto mexe demais comigo, conosco, e eu só tenho a agradecer a vc e ao Ben, por nos contar a história dele de maneira tão bonita e sem preconceitos. Achei tão bonitinho os dois casando, me emocionei aqui, e acho que vou me emocionar quando o Vagner ficar sabendo, pois acho q ele vai ser mais um ponto de apoio pro Ben. E rafa, poste sempre e muito, hehehehe. Sobre a resposta ao meu comentário, isso mesmo amigo, sou homem mesmo, hehehe JulianO!!! Sobre a genética que vc citou, nao sei se te disse, acho que sim, eu sou Geneticista, e posso te falar, que com certeza a genética está envolvida na homossexualidade, mas não é a única coisa não. É sabido que tudo no nosso organismo existe a combinação de 2 fatores: genética + ambiente. Eu não tenho dúvidas que a genética é um fator importante na homossexualidade. Tenho um amigo que tem 5 irmãos, e com ele sao 4 homens e 2 mulheres, destes, 3 sao gays (2 homens e 1 mulher), e cada vez descubro mais casos assim. E sobre conversar com o ben até as 3 da manha, eu faço idéia, pq ele é uma pessoa extraordinaria mesmo, fora do comum. Vc mandou meu beijo pro joao? Se nao manda dois, se sim manda outro, hehehehe. Um outro pro paulinho e love, e um especial pra vcs dois, muito muito especiais mesmo, Ben e vc Rafa. Nao desanima nao, amigo!!!!!!!!!!


Resposta: Rapaz, esse conto, ne mfalo nada, você ainda soltará rios de lágrimas, aconteceu tanta da coisa nos últimos tempos, muito foda, esse papo com Vagner, bem legal também, aliás, conto estupendo. Você nao me disse que era geneticista não, imaginei que estuda pacas pelo o que já me disse, mas o que fazia, nao chegou a me dizer. Eu mandar beijos pro João, ele é maluco kkkkkkkkk, menino, vc me elogia tanto que vou acabar gamando hein kkkkkkkkkkk brincando, mas cara, valeu mesmo ta, elogio é sempre bom, mas tenho que avisar a NASA para trazer meu ego de volta a Terra kkkkkkkkkkkkk. Bjs


O Médico - PArte 18

V - faz um tempo q eu quero ter uma conversa séria com vc
Não. Outra dessa na mesma semana ñ rola! Que mania q esse povo tem de introduzir uma pergunta desse jeito tão angustiante, me causando aflição, deixando um suspense no ar...B - fala (temendo o q viria)

***************** Continuando *********************

V - vc tem estado estranho ultimamente...e mais estranho essa semana
B - ñ sei do q vc ta falando
V - é simples: vc ñ é mais o mesmo cara q eu conheci no inicio do nosso curso
B - claro q ñ, a vida no campus muda uma pessoa...vc tbm mudou
V - ñ é disso q eu tou falando, vc ta diferente, eu ñ gosto de estar de fora da sua vida, somos amigos, amigos de verdade

Ñ sei se isso aconteceu, acontece ou acontecerá na vida de um universitário, mas o fato de vc se inserir num ambiente totalmente novo, ares novos, pensamentos novos... te assusta ao mesmo tempo q te seduz e te encanta. Isso aconteceu comigo e com todos os meus amigos semestre a semester, inclusive o Vagner. Estou falando isso pq a medida q nos encantamos, ficamos perdidos e assutados naquela situação tão inusitada. Bons tempos de calouro! E é justamente nessa aflição que as amizades fortes se formam, pq vemos no outro um pouco de segurança, de início, um apoia o outro, depois de um tempo, é como se nos tornássemos irmãos de tão unidos. Isso aconteceu entre mim e o Vagner. Era estranho e ao mesmo tempo tão bom... Eu sabia q o Vagner ñ era gay, mas o q rolava entre a gente ia além do q se entende por comportamento homossexual. Agiamos na ingenuidade e diziamos q gostávamos um do outro sem se importar com as convenções morais. Ele tinha o direito de me perguntar, ele tinha o direito de saber, eu só ñ queria era ter q contar e correr o risco dessa amizade tão linda acabar...

V - vc ñ pode esconder isso de mim, eu te conheço, sei q vc ta passando por uma fase estranha, vc ta diferente, até hj eu nunca perguntei pra onde nem com quem vc ia quando vc me pedia pra eu te ajudar com a sua mãe. Quer dizer, perguntar eu perguntei, vc nunca respondeu e eu te deixei em paz... A menos q vc ñ leve a nossa amizade a serio, acho q mereço explicações e estou aki na cara de pau exigindo isso de vc.
B - eu tenho medo de contar e perder vc... se até hj ñ contei é pq eu quero preservar o q temos
V - vc matou alguem? roubou um banco? ta usando drogas? estuprou uma criança de 5 anos? o q de tão grave vc fez?
B - eu ñ fiz nada! ñ é nada disso
V - então ñ vejo pq vc ñ pode me contar...é algo contra mim?
B - ñ, ñ tem nada a ver com vc

Falávamos isso enquanto caminhávamos pra biblioteca...


V - então conte logo, ta me deixando preocupado
B - eu vou contar...vamos sentar em algum lugar?

Fomos até uma pracinha q tem la na universidade e sentamos. Sentei no banco prevendo o fim de uma amizade...

B - eu sei q te devo isso. Quando eu contar, ñ fiq acanhado em dizer q, a partir daqui, vc vai ter outra postura diante de mim, q vc ñ vai mais ser o mesmo e nem se comportar igual. Eu sei disso, portanto é melhor q, depois q eu te contar, vc seja sincero, pelo menos ñ vai me magoar
V - fikei com medo agora, Benjamim... é tão grave assim?
B - ñ sei, decida vc se é grave ou ñ
V - vai, conta!
B - eu sou gay
V - eu sabia disso já...
B - hã? como assim?
V - o seu jeito d ser...(interrompo)
B - e eu sou afeminado?
V - ñ, mas eu ñ tou falando disso, eu quero dizer o seu jeito de se comportar, essa sua repressão de sentimentos q vc tem, vc sempre me falava q queria ser mais solto, mas livre, eu ficava analisando a sua vida e ñ conseguia enxergar nada q te acorrentasse. Ñ sei como, mas uma vez eu pensei q algo q faz com que a gente se reprima muito é um grande segredo, mas ñ consegui imaginar nada de tão grave q vc poderia fazer, sendo q vc é tão certinho, é tão CDF q as vezes até me irrita.
Mas ai eu pensei q podesse ser algo q vc ñ escolheu pra si e logo me veio homossexualidade na cabeça e passei a enxergar vc assim e tudo começou a se encaixar
B - nossa Vagner! e isso desde quando?

V - faz alguns meses
B - então vc ñ se importa?
V - claro q ñ! até gosto
B - gosta? vc tbm é?
V - hahahaha, ñ né? sai pra lá, eu sei eu sou gostoso mas ñ vem dar desculpas pra dar em cima de mi ñ hein? meu assunto é outro
B - hahahaha então pq vc gosta disso?
V - ah, pq eu sempre fui de expressar muito os meus sentimentos pelos outros, vc sabe, e quando eu tinha os meus amigos homens na escola eu nem podia abraçar, dizer q adimirava se ñ iam me zoar, mas ñ fui educado assim e isso me perturbava muito, mas com vc eu posso fazer td isso e eu sei q vc ñ vai estranhar
B - q fofo!
V - tbm ñ precisa ser tão gay né? hahahaha
B - hehe... tem outra coisa q eu quero te falar: tou namorando, quer dizer, tou casado (disse isso mostrando o anel)
V - o q?
B - é, tou morando com ele e tudo (estava com um sorrisão no rosto)
V - e a sua mãe?

Meu sorriso se desfez instantenamente...

B - ela me expulsou de casa
V - pq?
B - pq ela ñ quer ter um filho "viado"
V - ñ acredito!!!

B - acredite!
V - ei, quem é?
B - vc nem vai acreditar se eu contar...

Depois q eu contei tudo...

V - CARACAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA vc ta transando com o meu médico!!!!
B - ai Vagner! hahahaha é muito mais q isso
V - pera, se vc conheceu ele quando eu fui internado, então v6... CARACAAAAAAAAAAAAAAA... v6 tão jutnos ha muito tempo então
B - 1 ano
V - PQP!!! e vc nem pra me contar...
B - agora vc sabe, mas tem outro probleminha
V - o q?
B - eu tou morando com ele mas...sei lá...tou com vergonha, é estranho
V - pq é estranho?
B - ah, eu nunca trabalhei, meus pais sempre me sustentaram, acho q a fase adolescência realmente passou né?
V - pois é, ja ta procurando emprego?
B - olhei os classificados hj, mas ñ fui atras de nada ainda, nem conversei com ele sobre isso

Depois do papo, senti como se o Vagner fosse, agora definitivamente, o meu melhor amigo. Era incrível conversar com alguém q realmente sabia quem eu era, isso era um sonho! Voltei pro apê do Henrique, ou melhor, pra casa e decidid q, quando ele chegasse, eu conversaria com ele sobre emprego. Ele chegou e eu o recepcionei como uma dona de casa faz: o abracei, beijei, peguei as coisas dele e pus em cima da mesa, fui tirando o blusa dele, sentando-o no sofá, tirando os sapatos e meias dele e perguntando como tinha sido o dia dele. Depois do papo "Amélia", eu iniciei:

B - Rique, tava pensando... acho q deveria arrumar um serviço
H - serviço? pra q?
B - ué, agora ñ tem mais a molezinha de pai e mãe me bancando
H - claro, agora vc tem a mim
B - e vc vai me sustentar?
H - eu posso fazer isso
B - ñ obrigado, prefiro trabalhar
H - mas amor, eu ganho uma mesada boa, q dá pra mim e pra vc tranquilamente
B - ñ Henrique, vai parecer oportunismo, ou melhor, é parasitismo, ñ quero isso
H - q besteira, B
B - ñ é besteira ñ senhor
H - é claro q é, ja disse q ganho o suficinte pra nós 2 vivermos confortavelmente
B - ja disse, Rique, ñ quero isso, quero ser independente
H - e pq vc quer ser independente de mim?
B - pq ñ é justo q eu viva a suas custas, sou grandinho já
H - além do dinheiro ser suficiente, eu ñ me importo com isso
B - mas eu me importo
H - ñ quero q trabalhe
B - mas eu quero trabalhar, ja tava na hora mesmo
H - vc ñ vai conseguir conciliar trabalho e estudo
B - ué, vc consegue conciliar residência e estudo
H - residência e estudo são a mesma coisa!
B - ta bom Rique, ñ vamos brigar, ta decidido, vou trabalhar

Ele fechou a cara e ficou chateado. Mas aparentemente ele aceitou, viu q eu seria intransigente.

Ele tava super cansado do plantão e eu tinha peninha dele todas as noites. Imaginem aquele homenzarrão, lindo, todo cansadinho! Aí eu subia, ligava a banheira e descia pra fazer qualquer coisa pra ele comer. Ele ficava esparramado no sofá, morto de cansaço e sono, aí nem dava pra eu me animar muito pq sabia q o mar ñ tava pra peixe. Depois da banheira cheia e o do prato pronto, esperando dentro do forno, eu levava-o até o banheiro, tirava o resto da roupa e o colocava na banheira. Ele ficava tão cansado q parecia um morto-vivo e acabava por obedecer aos meus comandos. "Pena ele estra tão cansado", eu pensava. Enquanto ele se banhava, eu esquentava o q tinha feito, colocava uma cueca limpa em cima da cama e gritava q o jantar tava pronto. Ele saía da banheira, vestia a cueca, colocava um roupão preto q ele costumava usar quando tava em casa e ia pra cozinha. Eu ficava na sala, enquanto isso, e esperava ele comer, enquanto lia alguma coisa. Acho até q foi nessa época q eu li O Manifesto Comunista. Depois q ele comia, ele vinha pra sala, arrastando os pés, quase durmindo enquanto andava e desabava no sofá, colocando a cabeça dele nas minhas pernas. Eu lia com uma mãe e fazia cafuné com a outra...

H - ñ quero q trabalhe, B
B - ja ta decidido
H - vc decidiu sozinho isso aí
B - é pq é algo q diz respeito a mim
H - a mim ñ tbm?
B - a vc tbm, claro, mas é algo q só eu posso decidir
O clima tava estranho entre a gente. Esse papo de ele me sustentar, de ñ querer q eu trabalhe tava chato. Ele estava se comportando de forma diferenta da q eu estava acostumado. Saí no dia seguinte e fui procurar emprego. Encontrei um q se encaixava com o meu horário na faculdade. Aceitei a oferta sem consultar o Henrique antes. Essa história ainda ia render


O emprego era nada mais, nada menos que de garçom!


Bom pessoas, por hoje é só, chegamos numa parte onde devem prestar muita atenção, vou tentar postar essa parte com mais rapidez, pois temos uma situação bem detalhista aí, então se ja prestam atenção, redobrem.

Beijos a todos.

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