O Médico

Olá meu povo, estou rindo muito aqui. Estava conversando com uns amigos e eles me disseram que tenho cara de sacana hehehehhe, achei muito hilário isso, foi a primeira pessoa a me dizer isso eheheehh, eu não entendi o motivo dele me falar isso, mas que foi engraçado foi, ele me explicou, mas sei lá, em parte acho que está certo, mas em outras não. Sacana não seria a palavra certa a dizer, acho que o mais correto seria medroso, covarde ehhehehehe.




Como eu disse na última postagem, talvez fosse a última sobre o conto, mas percebi que não, tem muita água pra rolar ainda debaixo desta ponte.




Eu sempre disse que esta história tinha suas familiaridades com o livro O Terceiro Travesseiro, agora vocês estão entendendo, mas isso é apenas o começo, ainda tem muita coisa a rolar.




Já temos um outro conto pronto pra postar, eu ainda não li , confesso que estou tentando tomar coragem, mas nosso amigo Paulinho, disse que é uma lição de vida muito boa, mas sobre este novo conto, com nome desconhecido ainda, pelo menos pra vocês, será revelado pelo Paulo, então vamos aguardar.

Feed

Juliano disse...
Oi Rafa!!! Cara, eu deixo de olhar o blog por alguns dias e tem dois posts? Adorei... nossa, qnta coisa... com certeza esse acontecimento vai ser um divisor de águas pra eles, espero que para o bem... Saudades de vc, rafa... bjo grande! E Paulinho? Quando vc volta, nego? Saudades... Bjo pra vc tb. E Rafa, tava esquecendo, espero q esteja tudo bem entre vc e essa pessoa q vc conheceu.... Bjo a todos


Resposta: É Juliano, aqui é assim, deu mole, perdeu heheeh, esse encontro com a Débora foi só um ponto na vida do Ben, confesso que inda tem muita coisa a acontecer. Paulinho, não posso falar por ele, então, só podemos aguardar mesmo. E sobre a pessoa que estava conhecendo, pois bem, não estamos mais, tenho meus problemas e é melhor não deixar isso ir pra frente, pra não magoá-lo mais, infelizmente o magoei, mas tenho certeza que já vai aparecer alguém legal na vida dele, porque é um cara bem legal, apaixonante, mas essa é a vida, amizade, não creio que iremos manter, pois tivemos nossas divergências de opiniões e tal, eu sou teimoso hehehheh, um grande defeito meu, de vários heehehhe, perfeito só Deus, fora ele, mais ninguém. Mas foi muito bom enquanto durou, me fez muito bem, me deixou feliz, acho que o deixei também, mas tinha um ponto desconhecido que foi o problema, mas vamos levando a vida. Se cuida Juliano, qualquer dia te conto melhor, ou não, sei lá heheheh.

O Médico - Parte 52


A noite passou e eu não senti falta dele pela primeira vez, desde que eu o conheci naquele hospital. Foi estranha essa sensação, mas me pareceu justa de certo modo. Talvez ele estivesse sentindo o mesmo. Apesar de o medo de que ele tivesse desistido de mim com aquelas palavras, não me desesperei. Tomei um banho, mas não lavei o cabelo pq com certeza iria arder. Tomei umas taças de sorvete e fui dormir. Lá pelas tantas da madrugada o telefone toca...

**********************************************

B - alô?

H - é o Henrique

B - oi

H - oi

B - fala

H - te acordei?

B - ñ (mentira!)

H - menos mal... é q eu ñ tou conseguindo dormir

B - o q foi?

H - ah, sei lá, eu até gostei da idéia de ter um tempinho pra mim, refrescar a cabeça de tudo isso... enfim, mas eu tou agoniado aqui na cama e ñ sei pq. É uma angustia forte, B

B - eu posso ajudar em alguma coisa?

H - acho q sim

B - fala

H - vem dormir aqui em casa? Ou melhor, vamos pra aquele hotel da semana passada?

B - a essa hora?

H - é, vamos?

B - hum, ta bom, passa aqui?

H - ja ja estou ai

B - bjo

H - outro bem grandão!!!



Tava morrendo de sono, mas parecia q aquela voz rouca do outro lado da linha tinha despertado em mim uma vontade louca de abraçá-lo debaixo dos cobertores.
Vesti algo descente e desci...



H - entra

B - q friozinho!!!

H - calma, daqui a pouco vc, ou melhor, a gente resolve isso

B - ta



Fomos para o hotel, reservamos o mesmo quarto, ou pelo menos eu acho q era o mesmo e...



H - me abraça, B

B - vem

H - hum, q gostoso

B - .............................................

H - .............................................

B - achei q tivesse perdido vc de novo

H - pq?

B - pq vc tinha concordado em ficar essa noite só

H - ué, mas ñ era o q vc queria?

B - era, só q a forma como vc aceitou isso me deixou um pouco preocupado

H - é q eu realmente achei q era o melhor mesmo

B - pois é, eu tbm, mas o q a gente precisava era de umas horas sozinhos e não de uma noite toda

H - concordo


Nos beijamos e só. Tiramos as calças. Ele ainda tirou a camisa e nos deitamos. Apagamos as luzes, pus a cabeça entre o braço e o peito dele, nos abraçamos e demos "Boa noite!" um para o outro. Estava tão quentinho o corpo dele q me esquentou minutos depois. Ele estava cheroso, com cheiro de sabonete e um perfume q ele usava agora. Era um perfume q eu ñ conhecia...



B - esse é aquele mesmo perfume q eu senti no dia em q a gente se reencontrou né?

H - é, eu gosto mais desse q do antigo pq ele combina mais comigo, o outro era mais adocicado

B - hum

H - vc gosta?

B - sim, é bem a sua cara mesmo, é um cheiro sóbrio

H - hahahaha, só vc mesmo pra dar essas adjetivações as coisas

B - pq?

H - pq vc é q tem o costume de falar q um sabor de coisa X é tão honesto ou que o dia Y foi tão paciente, ou, ou... lembra daquele dia q vc disse q o nosso namoro estava tão lilás?

B - hahahaha, lembro

H - onde é q vc arruma essas qualidades?

B - a inspiração vem ñ sei da onde

H - aposto q vc vai escrever um poema sobre essa noite

B - ah, claro, como sempre

H - sabe, ainda guardo aquele poema que vc me escreveu no marca-texto do meu livro da faculdade

B - hahaha, quando vc disse q eu tinha copiado aquilo de alguem

H - é q eu ñ confiava na sua capacidade de escrever aquilo

B - mesmo depois de eu mostrar o meu caderninho...

H - vc deveria escrever um blog

B - ñ sei reinar em um blog, ñ sei mexer com HTML

H - mas tem umas versões hj em dia q vc ñ precisa saber

B - a gente tem mesmo q falar disso hj?

H - hahahaha, ñ, tem razão

B - certo, Boa noite!

H - só mais uma pergunta: se vc for mesmo fazer um poema, q título vc escolheria?

B - pera... hum... ah, sem criatividade hj

H - ta (me beija) boa noite meu poetazinho


Manhã. Acordei antes dele. Fui pro banheiro e lavei o rosto. Quando voltei para o quarto, me veio uma luz:



"Um quarto de Hora"



Eu sempre penso primeiro no título, depois no resto do texto ou poema. Sempre foi assim. Procurei uma caneta pelo quarto inteiro e achei uma na gaveta do criado mudo, junto com um panfleto que estampava o cardápio do restaurante do hotel. Peguei esse papel e, no verso, me pus a escrever. É muito pessoal, mas posso revelar um versinho do q escrevi:



"Uma derme robusta
sufoca um espírito que antes era doce
agora é só vapor d'água
entre as pernas daquele homem sóbrio
contamina-me


Agora padeço de amor
do latin: Eternus ti amo
(...)"



(Não resisiti, escrevi mais do q eu previa, é q eu adoro essa poesia) Escrevi e fiquei orgulhoso do resultado final. Pus sobre o criado mudo e o esperei acordar. Quando ele abriu os olhos, me viu sentado aos pés da cama e com um sorriso lindo e infantil me deu um "Bom dia, amor!" que foi respondido logo depois. Com a cabeça, fiz um sinal apontando para o criado-mudo, para q ele pegasse o papel e começasse a ler o q eu tinha acabado de fazer. Ele começa a chorar e fala "Eternus ti amo". Ele vem, me abraça forte...



H - te amo, te amo, te amo, te amo, te amo


o "Eternus ti amo" tinha surtido efeito. Ele achou muito intenso todas aquelas palavras articuladas juntas. Ele pôs o papel em cima do criado-mudo e veio em minha direção. Me abraçou forte, chorou e repetia diversas vezes "eu te amo, eu te amo, eu te amo". Quase um mês depois de termos feito as pazes, ainda parecia q tinha sido no dia anterior q decidimos deixar os nossos orgulhos de lado e vivermos em paz. Ainda ñ acreditávamos q estávamos voltando a sermos felizes. Abraços e um beijo longo em seguida, daquele jeito q ele adora: um beijo forte, com a lingua toda dentro da minha boca e fazendo com q ela se mexesse lentamente. Ele estava de joelhos na cama e eu estava sentado. O abraço foi tão forte, que foi me arrastando para junto dele no colchão. De repente, estávamos os dois de joelhos em cima da cama, abraçados e com os lábios de um de um tentando agradar os lábios do outro. Os meus braços estavam por sobre os ombros dele, enquanto os dele estavam na minha cintura. Ele foi me puxando pra mais perto do corpo dele até q as nossas cuecas - e o q se encontrava dentro delas - se tocaram. Não haveria balde d'água fria q nos separasse. Se jogassem um, em questão de segundos, toda aquela água seria evaporada.


Fomos tirando aquele pedaço de pano que nos impeida de nos amar de verdade e nos deitamos um sobre o outro. Nos beijamos um pouco até q só as bocas não são suficientes para manter aquela chama ardendo. Então ele foi buscar a camisinha da embalagem dourada e (CHRISSS) joga em cima de mim. Na verdade, ele atira a camisinha na minha direção e, em tom de ordem, diz:



Henrique - põe pra gente!



Eu fui em direção a ele para pôr, mas aí...



H - NÃÃÃÃO!!! é pra vc pôr em vc


****************************************

Já imaginam o que vem por aí né? hehehe e o poema, ele na íntegra é lindo, mas... bom, até a proxima postagem.
Bjs a todos voces.