4 de março de 2009

O Médico PARTE 50

Olá gente, hoje a postagem vai ser simples, pois estou muito gripado, me dando febre o tempo todo, então vou ser rápido. E to triste, eu conheci uma pessoa super incrivel, estou gostando dele, e o fiz xorar, eu achei que ele falava sério num situação, eu também achei, e só faço merda, então nem to com muita cabeça pra grandes postagens, mas um coisa temos que comemorar, nossa quinquagésima postagem sobre o conto, e justamente num dos clímax da história, o encontro do Ben com a Débora, esse carro vai dar o que falar.



O Médico - Parte 50


Parecia mentira q tudo aquilo tinha dado certo. Por mim ele diria "Não dá mais!" e se mandaria dali sem precisar disso tudo. Mas no fim, deu certo, deu pra satisfazer a necessidade do ego dele se inflar de novo. Era visível, apesar do cansaço q vinha ñ sei de onde, ele estava feliz, contente. O carro dá a partida, mas de repente, ouvimos um barulho vindo de trás do carro. A porta traseira havia acabado de ser fechada. Nos assustamos devido a tensão ja instalada ali e olhamos para trás do carro. Adivinhem quem decidiu tomar uma carona?

Sim, ela. A Débora.


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Aquela que eu ñ conhecia mas já odiava. Era a primeira vez q nos víamos, quer dizer, era a primeira vez q nos víamos sabendo realmente quem era quem na vida do Henrique. Ela estava com uma blusa larga, masculina e de shorts. O cabelo bagunçado, um cheiro forte de perfume e uma cara de assustada e ao mesmo tempo furiosa. Olhamos para trás e nos deparamos com aquele ser q desprezávamos. Tudo o q a Débora representava era o nojo q sentíamos da hipocrisia circundante. Ela sentou-se no carro, olhou para nós dois e falou:



Débora - então era vc o tempo todo seu viadinho de merda

H - Débora, desce já do carro

D - ñ desço porra nenhuma seu filho da puta

H - desce ou eu te arranco daqui

D - vai me bater? Vc? Vc, uma frutinha, me batendo? hahahahha faz-me rir

H - ñ vou responder por mim (ja abrindo a porta)

D - ta tudo acabado, eu sei, me leve pra casa

H - hã?

D - me leve pra casa do meu pai

H - vá com ele, ele ainda deve estar por aí, oras



Eu fiquei o tempo todo sentado, olhando para o chão e fingindo q nada daquilo estava acontecendo. Queria sumir...



D - ele já foi, essa merda, agora me leve

H - ñ

D - me leve, Henrique, ou EEEEUUUU ñ respondo por mim!!!



Ele olhou um pouco para a figura q o fizera se odiar pelo simples fato de estar vivo. Depois, ele olhou pra mim como se pedindo autorização para levá-la, mas, sem dizer uma palavra, ele rodou a chave no painel do carro e seguimos em direção a casa do pai da Débora. Ñ entendia o pq, mas a Débora realmente exercia um poder descomunal sobr o Henrique. Ele simplesmente obedeceu as ordens dela, mesmo ñ tendo mais nenhum vinculo com ela. O olhar lançado pra mim era como um pedido de desculpas, como se ele ñ pudesse como fugir dessa obrigação q ele tinha com ela, era como se ele estivesse me traindo. Ele deve ter sentido isso. Eu só sei q eu me senti horrível. Queria descer daquele carro e correr o mais longe possível. Ñ estar na presença dela, ou ainda, ñ estar na presença deles dois juntos.




"Essa viagem ainda vai render daqui pra casa dela!", pensei


Era uma viagem de no mínimo uns 15 minutos. Mas eu pude sentir cada minuto pulsando nas minhas veias e artérias. Ela estava a alguns centímetros de mim. O mais aterrorizante era q eu ñ a via. Eu estava de costas para ela, sem vizualizá-la, mas sabia onde ele estava e sabia o quão perto isso era. Eu pudia sentir a respiração dela no meu pescoço - passei a odiar o vento durante aqueles minutos. O cheiro do perfume doce q exalava dela era nojento. Passei a odiar tal perfume tbm, mas esse pela eternidade. Eu pudia ouvir o barulho dos chinelos dela raspando no chão do carro e a cada ranger do pé dela os meus pêlos dos braços se arrepiavam. Era como ouvir o barulho de unhas grandes sendo pressionadas contra um quadro negro, ou o barulho de uma pá de pedreiro sendo esfregada no asfalto coletando britas (pedrinhas) ou ainda pior, o barulho q mais me deixa doido, maluco, nervoso... a tampa metálica de uma garrafa de refrigerante sendo ralada no asfalto...



Débora - então esse é o famoso Benjamim?!

Henrique - cala a boca, Débora, ou vc desce (sem tirar os olhos da estrada)

D - pode deixar... Mas me diz uma coisa, Benjamim, o q vc sentia quando sabia q o Henrique dormia comigo?

H - eu já falei, Débora: ou cala a boca ou desce

D - ta bom, ta bom, ñ falo mais nada



Fiquei o tempo todo de cabeça baixa, tentando manter os pêlos dos meus braços aquecidos com as palmas das minhas mãos. Eu senti uma vontade imensa de chorar, mas ñ podia, ñ por resistência, mas pq as lágrimas simplesmente ñ queriam sair mesmo. Me segurei para pedir q o Henrique parasse para q eu pudesse descer. Era perturbador vê-los no mesmo ambiente. Para todos os efeitos, eles ainda eram casados. Alguns minutos depois...



D - e ai, Henrique, ta preparado pra enfrentar o mundo-cão depois q todo mundo souber quem vc é de verdade?

H - ...................................................

B - ....................................................

D - mas eu acho q eu tenho a minha parcela de culpa, eu acho q eu ñ trepei com vc direito...



Nesse momento ele freia bruscamente o carro, fazendo aqueles três corpos dentro do carro tomarem um grande impulso para frente. Ele tirou o sinto violentamente e ia saindo do carro, quando...



D - TA BOM, TABOM, Ñ FALO MAIS!!!!



Ele entrou no carro de novo, pôs o cinto e continuou dirigindo. Vi a oportunidade naquela parada rápida de fugir dali, mas eu estava preso na cadeira. Uma força tomou conta de mim e eu ñ conseguia me mecher: ñ conseguia mecher as pernas e os pés, os dedos ficaram duros, as mãos geladas, o suor ficou frio e o nariz congelou, até respirar era difícil. Parecia q eu era asmático. O carro foi seguindo e dava para ouvir alguns movimentos daquela mulher no banco de trás. Movimentos estranhos com barulhos estranhos.


O carro ia fazendo a curva em uma avenida bem movimentada aqui da cidade. Pude ver o horizonte do mar durante a curva, o sol estava se pondo. O laranja e o vermelho dominavam o firmamento.



Durante a curva, senti dez unhas grandes de um tigre raivoso sendo enfiadas no meu couro cabeludo. Depois de sentir as unhas de pé, pude sentir, logo depois q as unhas ficaram firmes na minha cabeça, elas deitando sobre a minha pele, fazendo com q a dor ficasse mais aguda. Não me lembro se sangrou, mas feriu, cortou. Ela se inclinou por inteira por trás de minha, enfiou as mãos nos meus cabelos e começou a bater a minha cabeça contra o apoio do banco. Um movimento de vai-e-vem rápido e firme. Me segurei nos pulsos dela, na tentativa de me livrar das garras daquele tigre, mas sem sucesso. A dor ficava cada vez mais forte até q ela bate tanto a minha cabeça contra o encosto do banco q o próprio encosto quebra e cai no banco de trás. Tudo isso foi dentro d cinco ou seis segundos. Quando as unhas da Débora encontraram o meu couro cabeludo, ela gritou:



D - DESGRAÇADO, VIADO, FILHO DA PUTA, VC ROUBOU O MEU HOMEM!!! ELE É MEU, ELE É MEU, ELE É MEU, VC Ñ VAI FICAR COM ELE NÃO!!!

H - DÉBORA SOLTA ELE!!!

D - VC ME PAGA, VC ME PAGA



Eu só conseguia sentir a dor das unhas entrando mais e mais na minha cabeça. O carro foi freiado de novo, sentimos mais uma vez os nossos corpos serem impulsionados para a frente, o Henrique imediatamente saiu do carro, entrou pelo banco de trás e foi pegando a Débora pelas pernas, depois pela cintura e por fim, pelos braços. Mas ela era forte, ou pelo menos estava forte naquele momento. Demorou um pouco para q as unhas dela se desencravassem da minha cabeça, mas até esse moemnto chegar, as mãos do Henrique sobre a dela tentando me salvar daquele ataque só aumentava mais a minha dor. Finalmente ele conseguiu me livrar daquelas garras e foi arrastando a Débora para fora do carro, enaquanto ela gritava de forma estridente um "NÃO, NÃO, NÃO!". Ela esperneava forte, fazendo com q os dois caíssem no chão.



Quinze longos minutos!!!


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Bom, continua esta briga, só nos próximos capítulos, mas coitado do Benjamim, imaginem a situação, é de fazer roer as unhas.


Beijos e quero mandar um recado "Me perdoe por ser este idiota, por ter te feito chorar, eu não queria isso, vai ser melhor nos afastarmos logo, não quero te fazer sofrer, Beijos"



Bom galera, é isso, beijos a todos vocês, depois eu continuo a historia

2 comentários:

Anônimo disse...

Tudo é perdoável quando a intenção não é magoar!

Se você fizer essa pessoa entender esse simples fato, talvez ela te perdoe mais rápido do que você pensa.

Beijos e boa sorte.

Anônimo disse...

Lindo, eu te perdoei no segundo que a minha primeira lágrima desceu.... vc fez descer algumas lágrimas, mas estampou um sorriso permanente no meu rosto. Sou feliz, estou feliz... e só tenho a agradecer pela pessoa incrível que vc é, me dando a chance de te conhecer melhor, e de conquistar a sua confiança. Como podemos nos afastar se ainda nao descobrimos se seremos felizes juntos??? Um beijo grande

Ass: sua Vida, seu nem