27 de fevereiro de 2009

Bom fim de semana

Olá minha galera, espero que estejam muito bem, porque eu estou, nunca me senti tão bem na minha vida, não sei se vai durar, como vai ser, mas to muito desconfiado de estar no caminho da felicidade, coração batendo forte sabem, isso chega a assustar hehehheheh, tanto tempo sem esperanças, descrente que a tal felicidade possa existir, que quando me mostram o caminho, fico com medo, até mesmo por causa de timidez, medo de fazer algo de errado, estragar tudo, sei lá, mas to muito bem, e acho que destribuindo felicidade também hehehehehhe.


Este carnaval pra mim não teve grandes coisas, espero que tenham gostado das postagens desta semana, mas saibam que vai melhorar muito, porque começamos o ano ehehehehhe, praticamente o ano começa a partir de agora, mas precisamente segunda feira, mas principalmente este ano, pode ser que comece a viver.


Pois bem, estou morrendo de saudades de vocês, Paulinho mandou um beijo e disse estar com saudades, logo logo ele volta hein, retorna a Coluna do Paulinho.
Ola meu povo, como a enquete acabou, obrigado que tenham gostado do layout, isso é pra vocês, apesar de terem sido poucos a votar, muito obrigado, de coração, ate mesmo aos que nao votaram mas gostaram. Adoro vocês.




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Juliano disse...
Oi Rafa, muito bom falar com vc, como sempre. Tava com saudades de ti!! Nao some de novo assim nao, tá? E Paulinho... cara.. aparece, to com muitas saudades, e preocupado!! Manda noticias, ok? Bjao pra vcs dois e pra todos do blog.... Ansioso pra ler essa conversa!!



Resposta: Ola Ju, pode ter certeza que não sumirei mesmo, sobre Paulo, sabe que deu sinal de vida, está tudo muito bem. Bjs amigo.




Marcus Patrick


Já falei dele aqui no blog, sem palavras, só vendo mesmo, incrível, muito lindo.








O Médico - Parte 48



Depois do banho e dos milhões de beijos consumados, só restava uma coisa a se fazer...



B - a gente tem q conversar

H - ja sei sobre o q (com uma voz conformada e triste)

B - pq vc ñ se separou da Débora?

H - senta ai direitinho q a história é longa...

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A expressão do Henrique ñ era nada boa. Ele estava triste, aparentava ñ querer contar, mesmo sabendo q era necessário. Entendi naquele momento, antes de ele começar a falar, q ele tinha vergonha. Eu me lembrei das tantas vezes q eu quis falar pra minha mãe q eu era gay: eu ñ queria contar, via dificuldade nisso, mas achava necessário. Era o q estava acontecendo com o Henrique...



Benjamim - vc ta nervoso! Calma, relaxe, conte se achar q deve contar

Henrique - eu devo contar, mas...

B - conte se tiver a vontade

H - ñ estou pq ñ me orgulho disso, mas tenho q contar

B - ñ tem pressa, Rique



Ele ficou um tempo de cabeça baixa. Aquele homenzarrão todo miúdo na cama, espremendo os braços, baixando os ombros, ficando corado. Me partiu o coração. Eu o abracei, coloquei a cabeça dele junto ao meu peito e comecei a fazer carinho na cabeça dele até q ele dormiu. Parecia uma criança. Na verdade, a única coisa de homem q o Henrique tinha naquele momento era o corpo, pq naquela noite parecia q ele tinha quebrado um vaso de cristal e estava com medo de contar aos pais. Decidi q eu ñ ia perguntar mais sobre isso pq mais cedo ou mais tarde eu iria acabar sabendo, além do q ele tinha plena consciência d q deveria me contar. Decidi q tudo aconteceria no rítmo dele. Deixei-o dormir e acabei dormindo logo em seguida.



Na manhã seguinte, eu saí primeiro da cama e fui para a varanda da suíte. Fiquei um tempo lá recepcionando os primeiros raios de sol do dia. Sentei-me na poltrona e olhava para o horizonte desenhado pela linha do mar. Minutos depois eu ouço um soluçar vindo da cama e um "B?"...



B - tou na varanda

H - ai, ai, nossa dormir q nem senti... Chega mais pra lá, ou melhor, levanta e senta no meu colo... Ah, assim ta bom...Huuuuuuuuuuum! Vem, me abraça!!!

B - hum, lindinho!!!

H - te amo

B - idem, idem

H - arff, odeio quando vc fala "idem"

B - hahahahaha e eu ñ sei?

H - vc faz pra me provocar né?

B - eeeeeeeeeeeeeeeu? Tão inocente!!!

H - vai, fala direito!

B - hum, ta bom: Eu te amo tbm seu bobão!!!

H - assim ta melhor

B - hehe

H - hehehe

B - hahahahahaha

H - AAAAAAAAAAAAAAAAAAA hahahahahahahahaha

B - kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk onde a gente está arrumando graça?

H - sei lá hahahahahahaha

B - ê felicidade!!!

H - q sempre dura pouco

B - eita, cortou o barato

H - pq eu tenho q te contar aquilo lembra?

B - sim

H - pois bem

B - então conte

H - é tão difícil, Benjamim

B - conte quando achar q deve

H - mas eu devo, só ñ quero

B - então ñ conte

H - mas vc precisa saber

B - contanto q vc seja meu, ñ precisa ñ

H - preciso sim

B - ta, desembuxa

H - lembra q eu sempre te contava q queria entrar na associação (...) e falava q me ingressando lá eu teria reconhecimento e tal?

B - ta e daí?

H - e daí q eu consegui

B - q bom, Rique, parabéns!

H - hj sou muito respeitado na comunidade médica daqui e tal, mas... bem, a Débora também queria entrar na associação. É importante pra ela tbm. Mas ñ é fácil assim. Ela só é graduada e tem umas especializações mixurucas e tal. Mas se vc tiver quem indique, vc entra com mais facilidade. Eu ja tinha recomendações de professores meus e de cursos q eu tinha feito e o meu currículo me ajudou bastante. Só q a Débora, ela é meio desleixada...enfim, curto e grosso: ela entrou mais pela grana nessa profissão mesmo...


Eu previa o q vinha na boca do Henrique depois do q ele acabara de falar. Ñ era difícil adivinhar. A Débora realmente ñ era flor q se cheirasse e ela tinha arranjado alguém ideal p/ parasitar: um cara depressivo, carente, dependente, vítima das paredes repressivas da sociedade. Alguém que precisava de ajuda e avistava qualquer mão passando como sinal de esperança...



H - quando eu conheci a Débora, eu encontrei nela a esperança de me dar bem, de ñ ter problemas quanto a minha sexualidade. Eu ia me casar com ela e me manter com vc. Era só nisso q eu pensava. Hj eu vejo q mesmo q vc tivesse aceitado, mesmo assim, a minha vida estaria um inferno. O inferno q é hj

B - então vc quer dizer q ela sabe q vc é gay!

H - sim, desde o início

B - então pq v6 ficavam?

H - ah, em público, tinha q ser

B - mas vocês tbm ficavam quando estavam sós... Rique, vc ñ é bi ñ, né?


Ñ entendia o pq do Henrique ser tão submisso a ela. Ouvia histórias de quando ele era um adolescente e ele até era brigão na escola, mas parecia q ele havia "amolecido". Assim como muitos de vocês, fiquem com dó, mas, mais que isso, fiquei com raiva. Raiva dele por permitir e dela por ser a pessoa q é...



Henrique - ñ, eu ñ sou bi, mas apesar de ela saber...bem, eu ñ sei como explicar, mas ela tem uma obsessão por mim, mesmo sabendo q eu sou gay. Ela me pede pra ficar com ela, pra dormir com ela. Ela não gostava de saber q eu saía com outros caras ñ pelo medo de descobrirem, ou pelo medo de eu me revoltar e deixá-la, mas ela tinha ciúmes, entende?

Benjamim - ñ! Ela ñ é boa da cabeça, essa menina é doida

H - quando a gente (eu e o Henrique) ainda ficava, algumas pessoas lá da sala ficaram sabendo na época, mas ñ rolou na boca do povo, nem sei pq, mas ñ deu manchete. Duas semanas depois da gente começar a namorar, ela me perguntou se era verdade uma coisa q ela tinha ouvido falar de mim e eu disse q "não". Acho q ela acreditou, ou pelo menos ñ me chateou mais com isso. Mas pra tanto eu tinha q me comportar como o machão e tal, mas uma hora ou outra, ela descobriu e eu ñ pude negar e ela aceitou q eu ficasse com ela de fachada, foi estranho saber q ela aceitaria, mas era o q eu queria naquele momento

B - hum, sei, entendi

H - vc ta louco? Eu, bi? Definitivamente as mulheres não me atraem

B - ta, mas vc ainda ñ disse o pq de ñ ter se separado

H - er...bem... Vc vai me achar um banana quando eu disser

B - acho q ja estou pensando nisso antes de vc contar

H - poxa!!!

B - ah, o q eu posso fazer? vc me passa essa sensação de impotência

H - ta, eu ñ te culpo. Ela ñ gosta de me dividir com ninguem, mas fica com outros caras na cara dura, por isso q eu quero q ela se passe por ruim e ñ eu

B - ta, Rique, mas pq cv ainda ñ se separou?

H - lembra do cara com eu fui p/ aquele congresso e ele disse q ser gay na áera médica era ruim pra credibilidade? Pois é, o pai dele é o presidente da associação daqui e eu conheci a Débora nesse congresso. Ela era do meu grupo. Depois q casamos, ela começou com uns papos estranhos sobre a associação e eu achei q ela queria uma forcinha pra entrar tbm. Ela entrou, mas o papo estranho continuou e eu ñ entendia o pq disso tudo. Numa briga feia da gente pq eu tava dormindo muito na casa dos meus pais, pq ja ñ aguentava mais dormir com ela e eu a evitava, ela me ameaçou, disse q contaria tudo pra todo mundo se eu ñ me comportasse



Nesse momento, eu saí do colo do Henrique, ñ quis crer naquilo apesar de já estar prevendo isso. meu choque foi maior por saber q ele consentiu com isso. Como ele pode? Ela é uma ordinária, mas ela ñ me importava, mas ele ñ poderia ceder desse jeito. Ñ gostei nada, nada...



H - q foi, amor?

B - ñ acredito nisso, Henrique

H - é, eu sei q ela ñ presta...(interrompo)

B - ela ñ me importa, o q me importa é o fato de vc ter acolhido tudo isso calado. Como vc pode fazer isso?

H - eu tava desnorteado, ñ tinha motivos pra viver, pode parecer dramático, mas eu pude sentir na pele a repressão q vc passava, foi mais forte q eu. Comigo aconteceu o inverso do q ocorreu com vc: vc era reprimido e se libertou, eu era livre e me prendi as convenções. Eu ñ sei como pude deixar q isso acontecesse, mas aconteceu, até pq eu ñ tinha mais aquele referêncial q eu te dava, tudo o q a minha vida refletia era o sucesso da minha profissão e só, pq depois q eu perdi vc, parecia q era a única coisa q valia a pena

B - peraí, mas essa sua dificuldade toda surgiu antes da gente se separar, então ñ venha dizer q foi pq vc ñ me tinha q tudo isso aconteceu pq ja acontecia quando estávamos juntos

H - eu sei, mas talvez se eu tivesse me dado uma chance, eu ñ estaria onde estou... ah, eu ñ sei pq permiti isso, mas fui entrando em um poço e depois ñ pude mais emergir dele

B - e o q vc pretende fazer agora?

H - me livrar dela, é obvío

B - e a associação?

H - se eu perder isso, ñ fará tanta falta quanto eu acho q fará

B - mas vc sempre quis isso

H - quero mais vc

B - mas...

B - vc sempre quis isso, Henrique, sempre me falava

H - ué, vc quer q e continue com ela?

B - claro q ñ e nem digo isso por mim, é por vc mesmo

H - então pronto (me puxando pela cintura para sentar no colo dele de novo)

B - mas, e ai?´

H - quando eu der o flagra na Débora, eu terei argumentos pra me separar

B - eu ñ entendo isso, vc ñ precisa disso pra se separar se ela ja sabe

H - mas ñ é só eu q vou ver a ceninha

B - hã?

H - vou dar um jeito do pai dela, q tbm é médico associado, ver isso e mesmo q ela diga q eu sou gay e tal, ao menos eu estarei satisfeito com o mal q eu fiz a ela

B - pra q tudo isso? Deixa ela pra lá, vamos voltar a morar juntos e o resto q se dane

H - eu quero fazer isso

B - pra q?

H - as vezes é necessário fazer grandes coisas pra retomar o orgulho e esse é o artíficie q eu farei

B - seus pais sabem disso tudo?

H - ñ, principalmente a minha mãe

B - como eu imaginava...

H - pois é

B - ainda ñ acredito q vc deixou q isso tudo acontecesse

H - nem eu, meu bem, nem eu

B - isso é tão sem motivos, até parece mentira, se outra pessoa me contasse, eu ñ acreditaria, e essa Débora hein? Ela é louca de pedra e ñ digo isso no sentido figurado ou zombeteiro, digo isso no sentido real. Ela ñ é boa da cabeça pra ter feito isso, ter ficado junto de uma pessoa q ela sabe q é gay

H - ela deve ter feito isso pra se aproveitar de mim, ou sei lá

B - eita, Henrique, o q ela poderia tirar de vc se ela nem precisava de vc. O pai dela ñ é associado? Ela tbm ñ tem bufunfa? Ela ñ é bonita? Então?

H - ah, sei lá B (ja chateado por ter feito passar por idiota na história)

B - ela ñ regula bem

H - vc ja disse isso

B - eu tou preocupado com ela

H - HÃÃÃÃÃÃ? COMO É?

B - é, Rique, é sério, ela ñ é boa da cabeça

H - aaaaaarrrrrrggggggggggghhhhhhhhhhhhh (me tira do colo dele e vai pra cama, se deita)


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Meus queridos, este papo é bem grande, continua na próxima postagem. Aproveitem todos os momentos felizes, procurem não se esconderem, tentem quebrar todas as barreiras, seja medo, timidez, isso que falo serve pra mim também, sou prova viva, sofri por uns anos por medo de saber o que queria, e hoje sei que se deixasse o medo de lado naquela época, tudo teria sido muito diferente, então, vamos viver o hoje. Se brigou com algum ( a ) amigo ( a ), façam as pazes, se ama alguem, fale, abra o jogo, não deixem de fazer algo que possam se arrepender muito no futuro, e principalmente, beijem muito, beijar é uma das coisas mais lindas do mundo.





Bom fim de semana, Rafa.


3 comentários:

Juliano disse...

Oi Rafa, viu passarinho verde é? Mas acho q soltaram muitos desses por aí..... to vendo muita gente feliz, eu inclusive, feliz demais. Obrigado pela notícia do Paulinho, mas encontrei com ele no msn e matei um pouquinho a saudade... Vc acredita q eu to ainda mais curioso com o conto? Ja pensei em um tanto de final pra ele, mas nenhum tá parecendo q vai acontecer, legal isso. Historia real, dá nisso mesmo, hehehe. Bem... bjao pra vc e pro paulinho... e outro por Ben, agradecendo sempre a ele....

Unknown disse...

Adoroooooo quanto mais leio mais me surpreeendoooooo...
E que venha o próximo cápitulo da minha novela das nove

Anônimo disse...

Beijo, Juliano! outro para o Black Angel também...

Escuta, que alegria é essa???

beijos, querido.
saudades!!!