Olá gente, não farei rodeios, vamos a mais um pedacinho de O Médico
O Médico - Parte 10
H - é algo q eu queria te pedir pra fazer...por mim, por nós
B - tão sério vc ta!
H - o assunto exige seriedade
B - desembuxa
H - senta aqui antes (batendo a mão no colchão, ao lado dele, em sinal para eu sentar ao seu lado)
B - hum... fala
H - a gente ja ta junto a 3 meses, apesar de ser escondido do mundo, é um namoro sério, ñ somos 2 crianças, sabemos o q estamos fazendo e francamente ñ estamos fazendo mal a ninguem...(interrompi)
B - vc ta falando bonito!!! mas se o assunto for assumir, mude a trilha
H - ñ é assumir...pelo menos ñ para o mundo
B - eu ñ vou assumir pra niguem...vc só sabe q eu sou gay pq só posso namorar vc se vc ficar sabendo, pq se eu pudesse, nem assim vc saberia q eu sou
H - acho q vc me deve isso, pelo tempo em q estamos juntos e pela maturidade do nosso relacionamento
B - o q vc ker Rique?
H - quero q conheça os meus pais
B - hã? ta maluco?
H - quero q eles saibam quem é vc pessoalmente
B - e eles sabem quem sou eu de outro jeito?
H - claro! disse a eles q tava namorando um tal de Benjamim
B - pq fez isso?
H - ñ tem..
H - ñ tem nada de mais Benjamim, para com isso
B - eu ñ quero q ninguem saiba, é tão difícil de entender isso?
H - são os meus pais, B, eles sabem q eu sou gay lembra?
B - mas eles ñ precisavam saber q eu sou tbm!
H - eles ñ vão espalhar outdoors pela cidade dizendo q o filho deles namora vc
B - é estranho saber q alguem sabe...
H - eles querem te conhecer! eu falo muito de vc pra eles, eles estão ansiosos
B - "Pai, mãe, esse é o meu namorado gay!"
H - o q isso tem de mais?
B - .......................................
H - vc vai conhecê-los quando voltarmos
B - tão rápido?
H - namoramos a 3 meses B, vc ñ acha q ta na hora?
B - daki a uns tempos vc vai kerer pedir minha mão em casamento pra minha mãe
H - faz o seguinte: quando a gente voltar vai cada um pro seu lado então... essa vai ser a nossa despedida!
B - Rique, entenda o meu lado...(interrompe)
H - eu entendo q vc é egoísta nesse ponto. Vc pensa em vc, na sua preservação, nos seus pudores, nos seus medos...eu aceito q vc ñ queira assumir e convivo com isso muito bem, mas vc ñ é solidário o bastante pra me fazer esse agrado! Poxa Benjamim, são os meus pais, foram eles q pediram pra te chamar, estão empolgados com o fato d eu estar gostando tanto de alguem e eles, q são tão presentes na minha vida, ñ sabe quem é o meu amor. Tudo bem q o mundo ñ saiba, mas meus pais ñ são qualquer um. São os pais da pessoa q te ama...isso ñ te basta?
Depois de um sermão como esse, o q se pode responder?
Eu estava tremendo de medo. A idéia de mais alguém sabendo de mim ñ me agradava, por outro lado, o Henrique estava certo. Eu devia isso a ele. Quanta coisa ele ja ñ tinha feito por mim? Além do mais, eram os pais dele q queriam me ver. Em outra situação, em outro contexto social, onde as pessoas fossem livres para fazer o q quisessem, desde q ñ ferisse o direito do proximo, eu teria dito sim, antes de ele terminar de dizer a proposta. Mas infelizmente eu ñ posso mudar o mundo com o meu sorriso bobo. Os 4 dias passaram depressa pq um cara chamado Einstein me disse q existia uma lei física sobre o relativismo, que diz q quando queremos q uma coisa dure de tão boa, essa coisa nos escapa das mãos entre os dedos como água. Assim q voltamos, fomos direto pra casa dele. Ele teve medo d q eu fugisse, voltasse atrás e ñ quis perder tempo. Assim q passamos pelos enormes portões de ferro, pude ter dimessão de quão o Henrique era rico. A casa era mansão. Entramos e ela era maior q eu imaginava. O chão era de mármore, tudo era branco e claro e essa sensação de clareza só aumentava as dimensões das paredes. Havia uma escada de degraus brancos com corre-mão preto. Era um vão longo e largo, tinha muitos quadros, obras de arte, artesanato regional... Apareceu uma empregada e disse q ja tinha avisado q o "Senhor Henrique" tinha chegado. Eu estava tenso pela situação, tenso pelos pais dele, tenso pelo tamanho da casa e agora por causa do "Sr" dito pela moça.
H - td bem?
B - aham!
H - ta, vem cá (me abraça) vai dar td certo! relaxa
B - ta
H - meus pais sabem q vc ñ é assumido
B - e o q eles acham?
H - ñ me disseram nada...ainda
Ouvimos uma voz dizendo "Seu Henrique, eles tão na sala de visitas". Henrique me pegou pela mão e fomos em direção a uma porta branca de madeira, que se abria em duas. Meus passos estavam tortos de tanto nervosísmo. Quando as portas se abriram, avistei uma sala grande e luxuosa, poltronas verde-oliva e paredes brancas ou cor champagne. Vi uma mulher sentada numa das poltronas: ela era loira, cabelo curto e ondulado, 1,65m, magra, bonita e um rosto amigável. Vi um homem sentado na poltrona ao lado: cabelo preto e curto, alguns fios brancos q denunciavam certa idade, forte, 1,78m, olhos azuis. Azuis como os do Henrique. Vi o Henrique ha 30 anos depois! Sabia agora de onde ele havia herdado os traços europeus da família. A família do pai do Henrique é decendente de ingleses e ainda possuem parentes proximos por lá, como tios (do Henrique), primos, avós e até mesmo o irmão. Mas apesar da beleza máscula do sogro, ele me pareceu tenso, impaciente. Acabou me dando mais medo.
Bom, por hoje é só, sei que postei muito pouco, mas tenho meus motivos, ainda essa semana faço uma postagem decente.
Quero agradecer as visitas, mas estou um pouco sem tempo, então por hoje é só.
15 de setembro de 2008
Conto - O Médico (parte 10)
Beijos, Rafael
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Ehhhhhhhhhhhhhhh, rsrs, primeiramente, mais uma vez, obrigado pelo conto Rafa, tudo bem q vc foi pobre nesse último, postou bem pouquinho, mais tudo bem, o ehhh lá de cima foi pq fui o visitante nº 24001, kkkkkk, muito viado né rsrs, bjão Rafa e ve se não demora a postar viu, estava com saudades.
Oi Rafa, Paulinho. Beleza pessoal? Aqui, essa historia de parar o conto no climax tá me deixando doido, gente!! Vcs vao acabar matando uns por aí, hehehe. Sobre ter postado pouquinho, Rafa, nao se preocupe, nós sabemos q nao importa o tamanho, e sim o prazer que ele proporciona, e esse conto, o prazer (mesmo sem cenas picantes) é enooooorme. Bjao a todos....
Oi queridos, vlw por nos proporcionar momentos de prazer com essa leitura tão intrigante. Nossa que vontade tenho de conhecer o Benjamim e dizer como a estória dele nos tem marcado e inspirado. Bj Grande pra vc's e Rafa foi um prazer tc contigo hj, és um cara legal e pode contar com a minha amizade se vc aceitar é claro. Adriano
Postar um comentário