19 de novembro de 2009

O Médico - Parte 81

B - eu queria agradecer a hospitalidade de vocês
E - bobagem, Benjamim
B - Seu Henry, olha, me desculpa tudo, o incômodo, o ... (interrompe)
He - não precisa disso
B - é pq a gente não tem um relacionamento muito bom, esses dias então... (interrompe outra vez)
He - a culpa é minha, eu q prendia demais o Henrique e não o deuxava andar com as próprias pernas. Achava q tava fazendo o bem, mas tava podando a liberdade dele, afinal, ele já tem 32 anos... enfim. E vc tbm, bem, eu gosto muito de vc, gostei de vocês terem voltado depois daquele casamento lamentável

Continuando:

Eu ainda dormia na casa dos sogros quase dois dias depois do "incidente". Era madrugada. Eu tenho um sono, digamos, um pouco pesado, mas ñ pesado o bastante para acordar rapidamente. Por exemplo, ñ importa a iluminação ou o barulho, eu consigo dormir, mas nesses dias de tensão qualquer coisa me acordava. Um barulho de pneu e os farois de um automóvel me acordaram. As janelas da casa dos pais do Henrique são enormes, altas e largas e deixam muito da luz externa entrar. Pois bem, um carro durante aquela madrugada invadiu o meu sono sem prévio aviso, mas ignorei segundos depois e voltei a dormir. Passaram-se minutos desde então e comecei a sentir uma mão acariciando o meu cabelo e um peso a mais sobre a cama onde eu estava dormindo...

Benjamim - que escuro! Quem é?
Henrique - não me reconhece mais? (disse sorrindo)

Nem podia acreditar. Parecia q fazia tanto tempo que não nos viamos... Despertei repentinamente, olhei para aquele rosto animado, que trazia um sorriso convidatico de quem vem do norte. Quanta saudade! Esfreguei os olhos, tentando visualizá-lo melhor e o abracei...

B - Riqueeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
H - ai, q delícia vir de longe e ser recebido assim... Oh, meu amor, eu tou aqui
B - ai, q bom, vc aqui (ainda abraçado)
H - é ótimo
B - tava morrendo de saudades
H - eu também, bobão!
B - vem, vem, vem, deita comigo, vamos dormir de conchinha

Ele tirou os sapatos, entrou debaixo do lençol e ficamos abraçadinhos de conchinha. Ele começou a dar selinhos na minha nuca e ficamos rindo como duas crianças. Depois...

B - ei, cadê mô beijo?
H - hum, ta aqui

Eu me virei para a frente dele e nos beijamos. Ficamos abraçadinhos naquele beijo. Depois de muitos como esse, ele tirou o jeans para ficar mais confortável...

H - me conta o que houve
B - hj ñ, hj é dia de curtir a sua presença. Vem, me abraça de conchinha de novo e vamos dormir
H - ok, ok
Acordamos abraçadinhos, sentindo o cheiro um do outro, eu por cima do braço dele enquanto as pernas dele estavam sobre as minhas. A boca dele estava pousando na minha nuca e a minha no bíceps dele. As vezes eu penso que adoraria ter uma foto nossa dormindo juntos desse jeito, tirada de cima, deve ser uma visão linda, pq a sensação q eu sinto quando acordo com ele nessas situações é de um bem estar infinito, e depois, ele é tão lindo q fico tentando imaginar como deve ser olhá-lo de cima dormindo como um bebê, ainda por cima abraçadinho a mim como a um ursinho de pelúcia. Depois dos primeiros bocejos, um ouviu do outro um "Bom dia, amor!", um beijo rápido, afinal acabamos de acordar (rsrs) e ficamos lá deitados, um olhando para o outro de mãos dadas na cama...

H - vai me contar agora?
B - pode ser

E contei...

H - papai me contou alguma coisa, mas eu queria ouvir de vc
B - hum
H - eu nem sei o q dizer
B - diga qualquer coisa, mesmo sendo crítica
H - ñ farei críticas, vc, de certa forma, foi correto, mas nem sempre o correto é o melhor a se fazer. Vc sabia q poderia se dar mal depois disso né?
B - ñ tinha idéia
H - ah pára, B, vc sabia
B - sei lá, eu acho q eu tava tão animado em escrever sobre, q eu nem me toquei nas consequencias
H - não é o Benjamim q eu conheço
B - é, eu sei. Me perdoa?
H - eu perdôo nada!!! (brincando)
B - hahahahahaha
H - ñ tem o q perdoar, B, vc ñ fez nada errado
B - parece q o seu pai resolveu mesmo hein esse negócio?
H - é
B - vc ñ tá com medo, nem nada, a menos q vc esteja calmo para ñ me transmitir pânico
H - não, estou calmo mesmo. Depois q falei com papai, fiquei tranquilo. Eu só vim mesmo pra te ver, ver se vc estava bem com isso tudo... ai, olha, a vontade q eu tenho (mudando o tom de voz) é de arrebentar esse cara com um taco de sinuca, enfiar em tudo quanto é buraco e fazer outros no corpo dele... aff, q ódio, se eu o ver na frente ñ respondo por mim... ameaçando vc! Como ele ousa? Haha (irônico) ñ sabe com quem se meteu, ah mas eu mato bonito!!!
B - nãããããão, Rique, pára com esse papo de morte
H - o papo eu paro, mas eu juro, se eu o vir algum dia, eu mato
B - não, pára!!!
H - ah, B, dá um ódio, ameaçando vc, mando ele pro raio q o parta e ainda faço coisas
B - q coisas?
H - ah, sei lá, corto centímetro por centímetro do corpo dele com uma tesoura de unha
B - ai, Rique, pára q isso me dá medo... seu pai já ta me dando medo, agora vem vc
H - papai?
B - sim
H - pq?
B - ai, Rique, ele falou q "resolvia" tudo de um jeito q... sei lá, me assustou
H - vc pensou q ele ia mandar finalizar o cara?
B - é
H - hahahahaha, não bobinho, né isso ñ, ta louco?
B - pensei horrores
H - na certa vc pensou q a minha família é da máfia
B - essa foi a hipótese mais leve
H - hahahahahahaha, idiota... te amo, bobão alcoolatra
B - pára, bichinha pão com ovo
H - hahahahahaha
B - lindo
H - mas ñ é isso ñ, é q vc sabe q grana é tudo nesses casos e todo mundo conhece o meu pai. Eu não sei dos detalhes, mas ele só fez com q as pessoas certas soubessem q vc é protegido dele, na certa um superior desse filho da puta; e esse superior mandou ele baixar a bola
B - mas é como dizem: cavalo dado...
H - hum, hehehhe


B - ta, mudemos o assunto: voltas quando? amanhã?
H - acho q passo a semana aqui
B - ebaaaaa... nãããããão!!! (mudando o tom de voz)
H - ué, pq?
B - vc vai perder aula, essas coisas
H - ah, q bobagem. E depois, vc ta precisando de um pouco de colo
B - ai, tou mesmo viu? Mas eu quero vc lá
H - ninguém pediu sua opinião aqui, eu decidi, ta decidido
B - cadê a democracia desse relacionamento?
H - ta aqui, ô

.............................................Continua.............................................

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