30 de setembro de 2009

O Médico - Parte 76

Olá, demorei mais estou voltando.


Nesses ultimos meses aconteceram tantas coisas na minha vida, não teve muita coisa de útil, mas tive que fazer coisas que foram bastante dificeis. Tantos problemas, balanço da minha vida, decisões que tive que tomar, que por mais que me doessem tiveram que ser tomadas em prol de bem de uma pessoa que amo. Magoei um bocado de gente, num misto de querendo e sem querer. Pois percebi quem realmente se importa comigo, quem gosta de mim, se preocupa, e digo, de uma lista bem grande de pessoas que considerava amiga, pessoas boas, sobrou apenas 5% das que provaram realmente que são, e o resto, como o nome já diz, é o resto.



Dá uma sensação horrivel de você estar sendo usado. Abandonei uma pessoa que amei muito, ou amo ainda, não sei, pela felicidade dele, pois sei que ao meu lado não seria feliz, como doeu, doeu demais, mas foi por um bem maior, tentei com outro, pensei que daria certo, mas este foi gongado da lista, pois minha intuição não me enganou. Eu me pergunto se eu que estou errado ou o mundo é realmente podre e eu não quero enxergar. Mas esta é a vida.



Minha vida deu uma reviravolta enorme, problemas pessoais, comecei a trabalhar, esses questionamentos chatos vieram e tive que me afastar do blog. Paulinho não faz mais parte do blog, temos um novo membro, seu nome é Adriano, ele vai nos ajudar, precisavamos de caras novas aqui, e as postagens dele, na minha ausência, me agradaram por demais.



Continuaremos com o conto, detalhe, vamos ter a parte 2, mas sem previsão de chegada, pois temos um outro coonto quase queimando de tão pronto que está.


Continuaremos respondendo aos comentários

No Conto, temos uma revelação bem bacana sobre o Benjamim.


O Médico - Parte 76


Aí eu desliguei e soltei um grito de medo. Eu tava tremendo, suando frio, chorando muito e me deitei na cama e comecei a esperniar, me jogar de um lado pro outro. Eu sentia q estava prejudicando o Henrique...B - HENRIQUE, SEU MALUCO, EU NÃO VALHO TUDO ISSO!!!Era o que eu gritava pra mim mesmo!

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oi gente, não pude escrever, mas eu estava muito ocupado, pra variar, fazendo uma matéria pro jornal. Sim, eu sou jornalista!

Antes que vocês me atirem pedras, me xinguem, me cuspam, me roguem pragas, eu devo dizer q, por motivos espaciais, eu ñ podia revelar isso. Eu devo dizer também que só decidi compartilhar isso aqui porque inevitavelmente terei q assumir isso com o passar dos fatos aqui narrados. Mas se antes nem um pedaço de pele eu poderia mostrar, depois do e eu falar vocês vão entender o pq e me dar razão (eu acho). Ou seja, eu ñ fiz serv. social, eu fiz jornalismo. Sou jornalista.


Eu fiquei maluco com a narração do Hélio ao pé do ouvido. O Henrique tinha dado um salto maior que a propria perna, pelo menos pra mim. Talvez ele tivesse tido um ataque impulsivo como é de costume, mas e se ele se arrependesse depois? Eu fiquei deitado na cama, depois me ajoelhei na mesma e fiquei com os cotovelos apoiados na janela acima da minha cama e fiquei olhando o nada lá fora. Segurando o telefone com a mão esquerda, esperando o Hélio...

Hélio - pq vc pediu pra eu te ligar daqui a pouco?


Benjamim - pq... sei lá, me deu pânico só de te ouvir falando o q aconteceu


H - mas vc percebe o q realmente está acontecendo? O Henrique pode estar mesmo amadurecendo, ou até mais, pode estar mesmo amadurecido


B - ainda tenho as minhas dúvidas, já vi o Henrique fazendo coisas do tipo e se arrependendo depois


H - eu tava lá, eu vi. Não acredito q ele possa se arrepender


B - pode ser


H - quer q eu continue?


B - manda


H - então, quando o Henrique disse isso, o meu tio ficou besta, nem acreditava nas palavras do Henrique. E pra mim, o meu tio teve medo pq percebeu q já perdeu as rédeas do filho, afinal, a unica coisa q o prendia ainda ao tio Henry era a dependência financeira, se agora até disso o Henrique se desfaz, pronto, o tio Henry deixa de ter o controle sobre ele. Mas enfim, depois q o Henrique disse tudo aquilo, meu tio ficou todo calminho e disse "Calma, Henrique, não é pra tanto" mas o Henrique quis nem saber e disse "Calma uma ova" e começou a chorar na frente de todo mundo, ele tava histérico aí o meu tio foi abraçá-lo e ele ficou afastando o meu tio. Aí a tia Edna foi apartar lá e sentou o Henrique e me pediu pra comprar uma água, aí eu fui, quando voltei o Henrique já tava mais calmo e o meu tio sentado do lado dele esperando o Henrique se acalmar pra poder falar, aí eu dei a água e ele bebeu num gole só, aí a minha tia disse "Beba com calma", mas ele já tinha bebido o copo todo. Aí o meu tio disse "Eu ñ pensei q vc fosse ficar desse jeito", aí o Henrique disse "E vc pensa em mim?"



H - aí o tio Henry disse "Vc é meu filho" aí o Henrique "Então pq vc ñ me deixa ser
feliz, caralho? O senhor não acha q eu ja tive privações demais na minha vida? Eu só quero viver aqui, com quem eu que quiser e da forma como eu quiser, pq dinheiro eu sempre vou ter, ñ sei pq o senhor tem essa obcessão em me quere morando lá" aí o tio "Mas é q eu acho q é o melhor pra vc", aí o Henrique "Mas o melhor pra mim quem decide sou eu e pra mim o melhor é aqui, ao lado do Benjamim. Coitado, eu já fiz ele sofrer demais, eu abandonei ele pra viver uma mentira e eu mesmo fiquei na merda como senhor bem viu, o senhor quer que eu repita a burrada? E o senhor o tratou como um aproveitador e ele ñ é nada disso", aí o tio "Eu sei, eu acho q me expressei mal, eu sei q ele ñ é um aproveitador", aí o Henrique interrompeu e disse "Até pq se ele fosse, ele poderia muito bem ter aceitado a minha oferta de ficar no apartamento quando eu me casei. Eu só consigo viver com ele, com ninguem mais e se eu só posso tê-lo aqui é aqui que eu vou ficar. Poxa pai, me deixa pelo menos fazer o que eu quero agora", ai o tio disse "Ta bom, eu só quero o seu bem, vc ja é um homem, já sabe o q faz, não se preocupe, vc volta quando terminar tudo lá em Londres e volta pro seu consultório e a sua casa, que vão estar te esperando aqui", aí o Henrique disse "Mas aquele negocio de eu comprar ainda ta de pé", aí o meu tio "Não, garoto, deixe de besteira!", aí o Henrique "Não, é sério, eu quero comprar", aí o meu tio "Não vou vender, vou te dar", aí o Henrique disse "Não aceito, quero comprar, eu posso até aceitar demorar a pagar, mas vou pagar centavo por centavo. É a minha palavra final"


B - tenho medo disso!

H - relaxa

B e o que mais?

H - ah, mais nada, eu só lembro q eles se despediram e o Henrique se foi, mas o tio Henry ficou abalado, pq, tipo, ele sempre fez isso, esse negocio de ameaçar o Henrique e o Henrique abaixar a cabeça, mas hj ele viu q o Henrique ñ ta pra brincadeira. Sabe o q é isso? É o sofrimento q ele passou na mão da Débora

H - pq ele viu q ñ pode tentar viver sem vc

B - hum

H - pois é, daqui a pouci ele te liga, ou manda um email, com certeza, espera só ele desembarcar

B - se eu ñ ligar antes..

.H - hehehehe, já ta com saudades né?

B - ai, nem fala


H - bem, era só isso, depois nois fala tá? beijinho


B - valeu, Hélio, beijinho



Como vocês ja conhecem um pouco do meu gênio, sabem que depois dessa briga no aeroporto entre o seu Henry e o Henrique me deixaram com o pé atras quanto a aceitar o apartamento e a mesada. Mas algo de extraordinário, para não qualificar de outra forma, me fizeram aceitar. Eu sempre fui um bom profissional. Para aqueles que já me conhecem, sabem o quão humilde eu sou, mas gostaria de dizer, antes de expor os meus motivos, que me fizeram aceitar o apartamento, que eu não sou uma pessoa pretenciosa, pelo contrário. Na sala de aula, me lembro bem que cada discussão era motivo para que os egos se inflassem e as pessoas começassem a se exibir. Uma sala cheia de pessoas inteligentes e exibicionistas, mas não havia um pingo de sapiência. Em praticamente todas as discussões eu me mantinha calado, achava uma perda de tempo discutir, tanto é q por vezes fui tachado de o cara que gostar de deter o conhecimento. Mas isso nunca foi verdade, só achava que não valia a pena expor a minha opinião para que, ironicamente, eu fosse destratado. Lembro-me que os meus professores me adoravam por isso. O que me fazia ganhar a competição nesse ninho de cobras foi a minha sapiência e não a minha inteligência. Nada substitui o talento, ja dizia uma certa propaganda, e foi isso o que me fez crescer. Tanto é verdade que eu não era uma pessoa arrogante que era notável o quão diferente eu era fora da faculdade, mas na universidade (que é mais ampla que a faculdade pois se restringe ao curso, apenas) eu era familiarizado com as discussões, principalmente no movimento estudantil, onde eu produzi o jornal por tres anos. Nele eu era totalmente diferente. Enquanto os meus "amigos" de classe se limitavam a se mostrar quem era o melhor na sala de aula, eu decidi que me dedicaria a me fazer fora dela. O mais legal de tudo é q o movimento estudantil me fez ver o mundo diferente dos meus colegas de curso e nas discussões da sala eu me mantinha calado, mas as pessoas ali sabiam que eu tinha propriedade de sobra para qualquer discussão e, por curiosidade ... insistiam que eu me pronunciasse. Por mais que eles quisessem se mostrar e logo logo tentassem me retrucar, não haviam argumentos plausíveis o bastante para tal. Tudo isso foi fruto do meu interesse em fazer parte da universidade de fato, pq, como o nome ja diz, é um universo muito maior. No movimento eu era amigo de todos, eu era companheiro; na sala, eu me limitava a assistir as aulas pq sabia que o meu futuro estaria fora dela. Os meus amigos todos eram filhos de gente importante que menosprezam o movimento pq sabem q é esse movimento que luta contra as injustiçãs sociais provocadas por eles mesmos, mas no mercado de trabalho é esse tino fulgaz que te levanta, principalmente na minha profissão. Se hj alguns dos meus companheiros estão empregados na área não tenham dúvidas, tiveram impulso dos seus sobrenomes. Eu, por outro lado, fiz o meu nome no jornalismo, na minha cidade, desde cedo e ganhei notoriedade. Hj estou bem empregado, obrigado!Mas foi esse meu dever jornalistico de transmitir a "verdade" que me ferrou legal (desculpem o termo). A única coisa que posso dizer é q um cara importante fez uma coisa que não devia, eu soube e escrevi sobre isso, ele não gostou e me mandou um recado. Bem, vocês devem imaginar que esse "recado" não era um "Eu te acho o máximo!"... devo dizer o resto, ou devo confiar na frase "...meia palavra basta!"?


********************* Continua **************


Voltei meu povo, aos poucos vamos nos arrumando. Conto com vocês, se quiser fazer parte da equipe, só entrar em contato comigo. Beijos e beijos

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