Continuando o conto.
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O Médico - Parte 72
Dormimos em um hotel. Ele queria me levra pra falar com os pais dele, só pra dar um "Oi", mas eu ñ quis e bati o pé. Não pela D. Edna q sempre foi um amor comigo, mas o Seu Henry... sei lá, era estranho naquela situação. Decidimos também que eu não iria me despedir dele no aeroporto, seria pior para os dois. Enfim, dormimos.
E o dia só está começando!!!
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Fomos para o mesmo hotel onde fizemos a "últimas pazes", quando eu soube que ele iria pra Londres. Nos hospedamos e estávamos um pouco sem fólego, já q praticamente tivemos q rodar a cidade para transar em lugares diferentes - uma no consultório e a outra no apartamento. Fomos pro banho e pedimos um café regional pra depois. A gente só conseguia ficar abraçado e deixando a água cair na nossa derme. Uns beijos ou outros, mas basicamente ficamos agarradinhos...
Henrique - vira e mexe, eu lembro do passado
Benjamim - eu tbm, quase todo dia
H - me lembro mais do primeiro ano de namoro. As nossas dificuldades eram tão bobas comparadas com as de hj
B - ah, eu ñ achava bobas, mas elas condiziam com a nossa imaturidade da época, eu ainda nem sabia se ia ssumir e tal
H - é verdade, mas é q parece q era mais fácil suportar aquelas dificuldades q as de hj
B - isso eu concordo, é pq na época a gente ñ tinha esse instinto de responsabilidade. Quer queira, quer não, a faculdade era uma extensão da escola
H - aham... e era divertido tbm
B - era
H - pena a gente ñ dá valor as coisas no momento em q elas acontecem
Pegamos o sabonete e começamos a lavar as costas um do outro e continuavamos o papo. O mais interessante é q eu sentia q na verdade a gente ñ tinha se separado e nem q tinha passado esses meses todos. Parecia q ele tinha passado o fim de semana fora. Tudo isso por causa da sintonia q havia naquele banho. Depois do banho, comemos e fomos pra cama. Segundo Frejat, o Henrique tinha virado burguês pq agora ele tinha mania de dormir de meias e cueca...
H - sei lá, se tornou hábito, desde q eu estou lá
B - hahahaha, besta
Pus a cabeça sobre o peito dele, q estava depilado, enquanto ele enrolava os meus cachos entre os dedos e falava das novidades sobre o curso, sobre Londres e tudo o mais que ele estava passando sem mim. Eu tbm fiz o mesmo. Mas voltando ao peito depilado, teve uma coisa q eu notei no Henrique de diferente d última vez q nos vimos, uma coisa q se tornou conjunto devido aos diversos fatores. Vou explicar: o q eu notei de diferente desde a ultima vez q nos vimos é q ele estava com uma aparencia muito jovem. Ele tinha deixado o cabelo crescer na altura do meio do pescoço, deixou a barba, mas ela era bem feita e definida, diferente do emaranhado que estava antes. Agora usava um óculos com uma armação preta fininha, o q o deixava mais fofo. Emagreceu. E no entanto ficou mais musculoso. Na certa ele voltou a malhar ou simplesmente a gordurinha q tinha ido desvendou a boa forma daquele homem. E o tórax estava depilado...
B - vc voltou a se depilar?
H - é
B - pq isso agora?
H - pq, vc ñ gosta?
B - por mim tanto faz, mas pq vc decidiu voltar a se depilar?
H - ah, pq eu precisava ter poucos pelos no braço e nas mãos pra fazer as "coisas", aí aproveitei e depilei o peito e a axila
B - ah, vc tbm depilou o suvaquinho?
H - aham
B - hum
H - e tbm pq eu estou mais esportista esses meses, corro muito, ando muito de bicicleta e voltei a malhar e pêlos são tão anti-higiênicos no meu caso. Ñ q eu transpire muito, vc sabe q eu sôo pouco, mas tenho feito muito exercício
B - menos mal, pensei q vc tivesse virado gogo boy
H - hahahahahaha, só me choco com vc!
B - ta, mas me conta mais, tem muito cérebro pra reinar lá?
H - hahahahahaha
Varamos a noite papeando da vida nos continentes distantes. A manhã chegou e com ela a despedida. Ele ainda insistiu um pouco para eu ir ver os pais dele e como o clima ñ era legal para briguinhas bobas, concordei...
D. Edna - êta menino, saudades suas
B - eu tbm
E - ainda estudando muito né?
B - aff, nem fala, D. Edna
E - mas eu achei q tivesse voltado a ser a sua sogrinha?!
B - err...
H - voltou, mãe
E - e pq ele ñ me chama de sogrinha?
H - hahahahaha, pergunte pra ele
B - parem de falar de mim como se eu ñ estivesse aqui
Seu Henry ainda não tinha falado comigo, ficou no canto da sala observando o entrosamento, talvez por vergonha ou por mal humor. A irmã mais nova do Henrique passou na sala, me cumprimentou e saiu para um compromisso...
E - Benjamim, já q o Henrique vai ficar fora esse tempo, o q vc acha de me ajudar a decorar o cosultório?
H - não mãe, eu já contratei um, fique sossegada
B - eita, sogirnha, acabou de dizer q a senhora tem mal gosto
E - percebi a indireta
H - hahahaha, pq a senhora ñ ajuda o Benjamim a decorar o apê?
E - mas vc ñ já comprou os móveis?
H - sim, mas eles não vão escolher o lugar de ficarem sozinhos né?
B - eu iria adorar
Seu Henry foi se aproximando, abraçou a D. Edna pela cintura e ficou me olhando firme. Tremi na hora e baixei a cabeça. Eu sabia q para aquele senhor eu representava a contradição do filho dele para com ele mesmo. Era por minha causa q o Henrique voltaria para o Brasil e deixaria a Inglaterra para a Rainha. Era desejo do Seu Henry que o filho medicasse na terra dos seus ancestrais, mas os planos dele não se concretizariam por minha causa e eu estava ali, na sua frente, na casa dele, desfrutando da recepção de sua esposa e do apoio incondicional de seu filho. Me senti péssimo...
Henry - vc ta trabalhando d q mesmo?
B - eu?
H - sim
B - eu ñ estou trabalhando no momento
H - e ta vivendo como?
B - meus pais me ajudam
H - hum
Esse "hum" me matou, e como eu disse anteriormente: o dia só começou.
********************** COntinua
16 de julho de 2009
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