Olá gente, estou sem tempo de fazer uma postagem decente, então por enquanto vou só do conto. Bjs a todos
O Médico - Parte 62
Percebi q ele estava muito maduro através dos recados românticos: estavam diferentes dos q eu costumava receber. Mas continuei frio e a unica coisa q ele ouvia de mim, ou lia em emails era "boa sorte!". O meu aniversário chegou e era fim de semana...
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B - vamos para alguma cidade do interior???
V - mas os amigos estão todos aqui, sua família também
B - eu quero passar o meu aniversário em outro lugar q não seja nessa cidade
V - pq?
B - pq sim, oras
Ana - Vagner, vc não percebe q ele tem medo q o Henrique venha vê-lo?
V - mas o cara ta em outro país
A - mas é fds, ele pode vir só por causa do aniversário do Benjamim
V - e é ruim q ele venha? Mostra q o cara ta afim de coisa séria
B - arff, Vagner, vc ñ entende nada mesmo!!! Eu vou evitá-lo até quando puder, se não, não sei tenho forças pra resistir
V - e vc quer resistir pq? Deixa de ser besta
B - esqueça!!! Vamos ou não?
Não fomos, mas também não fiquei dando mole para o acaso. Fui pra casa da minha mãe q já tinha se mudado e q o Henrique não sabia para onde. Eu queria evitá-lo mais q tudo. No msn eu entrava sempre offline, dizia a todos q estavam online q eu estava na área e ficava na minha. Por muitas vezes vi o buddy do Henrique verde, ora ocupado, ora ausente, mas sempre online. Uma vez eu pus no meu blog que tinha acabado de ler "1984", do escritor INGLÊS George Orwell e fazia uma espécie de crítica positiva ao livro. No dia seguinte, ele colocou no subnick do msn q estava começando a ler o mesmo livro e que já estava gostando muito pq lembrava "um certo alguém que estava distante dos olhos...". "E perto de onde?" foi o q eu pensei quando li. Fiquei emocionado pq o resto da frase era, obviamente, perto do coração, mesmo que ele não tivesse escrito isso.
O reveillon chegou e enquanto os casais recitavam votos de amor eterno na beira do mar, aquele mesmo mar q presenciara a minha vida de amante, eu estava de branco, com uma garrafa de espumante, bêbado e choroso. O meu celular estava entupido de ligações não atendidas... "Ah, q se dane!!!", pensei num momento de fraqueza, mas ao começar a discar os números, percebi q não sabia o código de área q precedia o número dele e desisti do telefonema. Nos últimos dias de janeiro de 2008 começavam as minhas aulas. Mais uma vez recebi um email e um depoimento dele q desejava boa sorte nos estudos e finalizava assumindo a saudade q ele sentia e q estava triste com o meu afastamento, apesar de ter plena consciência de q eu tinha razão. Eu criei um outro fake no orkut só para poder entrar no dele e vigiá-lo. Não havia indícios de outra pessoa na vida dele, pelo contrário, o perfil dele estava cheio de pequenas poesias ou textos nostálgicos de alguem que ama e não é correspondido e no fim de tudo tinha um "I love you...yet" (Eu amo você...ainda). Nos albuns, fotos com companheiros de turma, da família, mas tinha um album de apenas uma foto, que não era exatamente uma foto, mas uma imagem de rosas amarelas com a poesia "Um quarto de hora" que eu havia escrito pra ele.
Encontrei com a mãe dele por acaso no supermercado...
Edna - Benjamim, vc por aqui?
B - oi D. Edna, td bom?
E - tudo e vc?
B - bem tbm
E - está conseguindo dar conta de duas faculdades?
B - aham, pode sossegar
E - eita menino de ouro, é o genro q toda sogra quer
Ficamos vermelhos porque ela dissera isso na pura inocência. Foi constrangedor...
B - hahahahahahahahahahahahha, ê vida!!!!
E - eu disse sem querer, desculpe
B - tudo bem, foi um elogio
E - pois é rapaz... quando é q vc vai ligar pra ele?
B - não estamos mais juntos
E - mas e se ele voltasse?
B - não voltará
E - está tão seguro disso
B - ué, Seu Henri mesmo quem disse
E - mas quem decide isso é o Henrique
B - quando o Henrique decidir algo na vida por ele, eu saberei q ele mudou
Não sei se ela tomou como ofensa, mas estava na cara dela q eu, sem querer, fizera uma crítica ao fato do Henrique ser mimado demais...
B - desculpe, eu não quis ofender
E - eu sei q vc ta certo, as vezes nós pais achamos q estamos protegendo e na verdade estamos estragando e a forma de tentar reverter isso é aplicando mais regras, ou seja, grande engano... mas me diga, não sente falta dele?
A minha resposta, seja positiva ou negtiva, iria parar nos ouvidos do Henrique. Não sabia o q responder...
B - eu estou tentando viver por mim mesmo
E - e o q isso quer dizer?
B - quer dizer que estou bem mais auto-suficiente que antes
E - mas isso não responde a minha pergunta
Já podia ouví-la dizendo ao Henrique por telefone: "Ele não disse que sim, mas tbm não disse que não, ou seja, ele ainda sente saudades"
A minha tristeza tinha chegado a um ponto q eu entrava todos os dias no orkut dele pra rever as novas fotos apesar de já ter salvo todas no meu computador e ler os recados. mas o perfil nunca mudava. A tristeza ultrapassou a barreira da racionalidade e passei a fazer uma poesia por dia. Eu pensava em enviar algumas, mas acabava desistindo da idéia. Um belo dia no msn, eu entrei offline como era de costume, avisei aos amigos q estava lá e fiquei na minha. Minutos depois uma vontade enorme de escutar "Atlantic" me bateu e eu apertei o play o Windows Média Player. Para o meu azar, a função "Ativar o que eu estou ouvindo" estava sendo executada e apareceu para todo mundo ver que eu estava escutando Keane. Ele também estava offline, na certa esperando um descuido meu para me pegar online...
Henrique - B? vc ta online né? nem adianta mentir, eu vi q vc ta escutando música
Nem sabia q dava pra ver essas coisas quando estava offline, ou ele instalou um programa que permite isso... sei lá!!!
E agora, o q eu faço???
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Depois tem mais meus amores. Bjs
2 comentários:
Ai, to mto curioso pro final disso, ainda falta muito Rafa?
Abração, e continuaaê, vlw pela dedicação, cara"
BENJAMIM, :@
,kd vc cara?, sumiuo"
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