Galera, meu ano novo, nem falo, foi espetacular, me diverti mt, bebi, dancei mt, terminou a noite mt bem acompanhado, nossa,m tive a melhor noite de sono da minha vida, quer dizer, nao dormi néh heheheheheh mas nao transei, nao faço essas coisas hehehehehhe, vcs vao entender, mas vamos ao médico, pq ja enrolei mt kkkkkkkkkkkkkkk
O Médico - Parte 38
Mas, em 2006, pôde-se ouvir um "Sim", dito em cima de um altar. Um "Sim" q ñ era para mim...
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Imagino o quanto alguns de vocês devem ñ estar concoradndo com o fato de eu ñ ter ido ajudá-lo ou impedido esse casamento. E esse post nem é pra convencê-los ou falar do quanto ele me fez sofrer nesse período. Mas é para esclarecer alguns pontos-chave:
Eu sempre fui uma pessoa muito controlada e manipuladora de cada centíemtro da minha vida. Se foi (ou é) bom, eu ñ sei. Só sei que funcionava, dava certo. Eu não costumava me perder nem me desesperar. Poderia não estar vivendo, poderia estar vegetando, morrendo aos poucos, mas ao menos eu ainda me mantinha de pé. Poderia morrer sem nunca ter encostado em nenhum homem, mas ao menos eu teria controle sobre o q sou e o q faço. Talvez eu até conseguisse manter o controle sobre o q sinto...
O Henrique me deu coisas q ñ esperava ter, mas tbm tirou as rédeas da minha vida das minhas mãos e me senti perdido, COMPLETAMENTE FLUTUANDO, depois q ñ o tinha mais. Eu não sabia o que fazer, o que pensar, como agir, eu só sabia q ñ queria me sentir mais desse jeito, logo, o Henrique se tornou perigoso pra mim pq perto dele eu simplesmente flutuava e ñ conseguia andar para os caminhos q eu havia planejado com antecedÊncia. Me perder ñ é algo q me agrade, pelo contrário, é algo q me preturba. Posso estar parecendo sistemático e paranóico demais, mas esse sou eu!
Eu soube que ele tinha se casado pela irmã dele, Zorah. Ela e a mãe, D. Edna, concordavam com a não realização do casamento, apesar de ela ser mais tímida pra me falar isso abertamente...
Zorah - Benjamim?
Benjamim - Oi Zorah
Z - o casamento é hj
B - sei, sei...
Z - vai ser às 21hs a cerimônia
B - hum
Z - e aí?
B - e aí o q?
Z - Benjamim, vem pra cá!!! (falando baixinho, com medo de ser escutada)
B - mas...(interrompe)
Z - Benjamim, ele está aqui em casa, vai se arrumar e ir para a cerimônia daqui, ainda há tempo de vc correr e vir pra cá
B - Zorah, (ja chorando) eu ñ vou!!!
Z - Vem Benjamim, vem!!!
B - ñ dá, Zorah, ñ dá
Z - aqui está tão tenso pq todos nós sabemos q isso ñ vai dar certo, mas, mesmo assim, ninguem tem coragem de fazer nada. A única esperança q eu e os meus pais temos é vc
B - pára, Zorah, estou me sentindo culpado e sei q ñ sou (chorando muito)
Z - mas ninguem está te culpando de nada
B - eu sei, mas sinto q sou
Z - então venha e acabe essa agonia de vez!!!
Bem, vocês ja sabem q eu ñ fui. Fiquei tentando imaginar como todos estavam. Fiquei tentando imaginar como estava se sentindo todos q sabiam q o Henrique era gay, na aflição da mãe dele q me implorou pra impedir q isso acontecesse, na agonia da irmã dele, os outros irmãos e o pai dele, Seu Henri, que sempre quis o melhor pro Henrique. Enfim, todos deveriam estar sentindo como se estivessem levando-o para a forca e ninguém podia fazer nada. E ele? Como deveria estar se sentindo. Pelo q a D. Edna tinha me falado sobre o Henrique dos últimos dias, ele estava um pouco mais gordo, mas ñ obeso e estava de barba e ele ñ gostava de barba (só cavanhaque as vezes) pq achava q ficava mais velho. Ele deveria estar muito diferente fisicamente. Mas e por dentro? Será q ele sentia o quanto ele estava se precipitando? Em agosto de 2006 Henrique e Débora juraram amor eterno perante a sociedade q o Henrique tanto temia.
Ñ posso dizer como, mas eu vi uma foto do casamento. Eles tinham acabado de sair da cerimônia e estavam felizes. Pelo menos era o que a foto mostrava. Jovens, bonitos, inteligentes... q futuro eles tinham pela frente!!! Isso deveria ser o q as pessoas pensavam naquele momento só de vê-los desse jeito. Quando eu vi a foto, fui pra casa imediatamente. Me tranquei no quarto e sentei na cama. Nem sabia como reagir. Fiquei olhando fixamente para o chão, onde eu finquei os meus pés e ñ me permitia voar. Depois de muitos minutos naquela posição, ñ aguentei. Chorei bastante, me joguei no travesseiro e comecei a abafar as lágrimas com ele.
"O que foi que eu fiz? Por que deixei isso acontecer?"
Desde então, ninguem mais me ligou da família dele ou manteve o contato. Afinal, tudo estava selado. Tarde demais!!! Eu, as vezes, ficava na sala olhando para o telefone, esperando a mãe dele ligar ou a irmã, me implorando pra pedir pra voltar para ele... mas nada disso aconteceu. Havia vezes q estávamos na sala eu, Ana e o Vagner e quando eles viam q eu olhava pro telefone, eles tiravam ele da minha frente. Uma vez o Vagner pôs ele na geladeira e uma outra vez ele me deu uma bronca, disse q se eu olhasse pro telefone de novo, ele tiraria a linha telefônica de casa e esconderia o meu celular. Esse foi o meu 2006. O pior reveillon da minha vida!!!
Todos queriam q eu fosse para uma casa de campo q a família da Ana tinha no interior. A festa ia ser boa, segundo eles. Até a minha mãe começou a sentir a minha falta e disse q precisávamos reatar, quebrar o muro q construímos entre nós, pq, afinal de contas, ainda somos mãe e filho. A minha família tbm me convidou pra passar o reveillon com eles, mas nada de eu querer. O q eu queria era ficar em casa e dormir. Eu sempre achei um absurdo dormi durante um reveillon. Eu acordava os meus primos e até brigava com eles quando dormiam pq eu realemente ñ gosto q durmam durante a passagem de ano, mas era o q eu queria fazer...
Vagner - VC VAI COM A GENTE, BENJAMIM, Ñ TEM ESCOLHA Ñ
B - mas Vagner... (interrompe)
V - VAI PRA PORRA, BENJAMIM, VC Ñ VAI FICAR MAIS OLHANDO PRA ESSE TELEFONE Ñ, VC VAI E TA DECIDIDO
Sabe aquelas broncas q pai e mãe dão na gente e a gente sabe q é para o nosso bem e a gente fica sem ter como reagir? Tipo quando a gente se perde da mãe no shopping ou se afasta dela e ela fica desesperada procurando e quando a gente aparece ela fala "Nunca mais faça isso, ouviu?" Mas ñ passa de uma bronca pra desabafar!!! O Vagner tem o dom de fazer isso. Acabei indo pro campo, com a família da Ana. A bronca, na verdade, era para garantir a minha ida pq o maluco do Vagner queria fazer uma surpresa pra Ana, ele pediu a mão dela em casamento quando deu meia-noite. Fiquei tão feliz por eles e o Vagner me surpreendeu pela criatividade. Por um momento eu esqueci q provavelmente, à meia-noite, o Henrique deveria estar beijando a sua esposa.
Claro q esse pedido era pra confirmar o q ele ja tinha feito. Mas mesmo assim foi ótimo. Fiquei pensando depois no Henrique... e o pôr do sol ñ ajudou muito pq lembrou a minha 1ª vez. Pedi pro Vagner me deixar voltar pra casa e, mesmo ele insistindo para o padrinho dos noivos, eu, ficar, eu decidi ir. Fui para a rodoviária esperara o 1º ônibus pra capital e dormir.
2007!!!
Foi o ano em que eu me vi sem rumo. Tudo o que vinhesse não mudaria o meu estado de tristeza. Pensei no Henrique o resto dos meus dias. Nem olhava mais para o telefone pq ñ tinha mais esperança de ouvir uma voz amistosa do outro lado da linha. Nem tinha mais esperanças de felicidade. Decidi assumir q errei pra mim mesmo, q coloquei um "EU" q nunca existiu em mim muito à tona, q falhei com o meu coração, q deixei me levar pelos meus ideais, deixei q alguem q precisava ñ só do meu amor, mas de ajuda (urgentemente) desgraçar a sua vida. Fiz isso por mim e agora a única coisa q eu tinha era eu mesmo, só q ñ foi como eu pensei q seria.
dia 2 de julho
eu ainda morava com o Vagner e a Ana, mas ja tava querendo sair de lá pq os dois iam se casar e eu ñ ia ficar lá alugando os dois, apesar de eles dizerem q ñ se importavam de eu estar lá. Vou descrever esse dia: acordei umas 6hs, tomei banho rápido, me vesti formalmente, comi qualquer coisa na pressa, ouvi um "Boa sorte" do casal feliz e corri para o ponto de ônibus. Cheguei em um prédio alto, dei meu nome para a atendente e ela disse q o Sr. Benjamim tinha chegado ao telefone. Segundos depois, uma porta se abria e um senhor de 50 anos me convidava para entrar. Fiz uma boa entrevista de emprego, mas as chances eram iguais para todos os candidatos. Saí de lá e fui para casa. Peguei o mesmo ônibus, coincidentemente, e cheguei em meu lar. Subi as escadas, ansioso para dizer como tinha sido a entrevista e quando rodo a chave na fechadura da porta, a Ana corre em minha direção e diz em voz baixa e tensa:
Ana - adivinha quem esteve aqui procurando por vc...
Benjamim - quem?
A chave que pousava na minha mão não teve nem tempo de ser guardada no bolso ou na estante da sala. A Ana logo veio à mim e revelou:
Ana - Eu nem sei como te dizer quem
Benjamim - ta, hahahahaha, vc me fala depois, deixa eu contar como foi a minha entrevista...(interrompe)
A - é sério, Benjamim, eu ñ sei como falar, mas tenho q falar (séria e assustada)
B - ta, então desembuxa!!!
A Ana ficou apreensiva, suando frio. Ora me olhava nos olhos, ora abaixava a cabeça e dava meia-voltas na sala. Percebi q ñ era uma simples visita...
B - fala, Ana, ta me deixando nervoso
A - (parou de andar) Foi o Henrique... pronto, falei!!!
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Galera, estou preparando algumas coisas legais pro blog, por isso esta aparência chumbrega, logo logo vcs saberão e espero que gostem heheehe
Bjs e começamos mais um ano. No geral, o 4º ano do blog.
Bjs
5 de janeiro de 2009
O médico
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2 comentários:
conte-me tudo, não me esconda nada! hahahahaha beijos, lindo
Olá pessoas, um ótimo 2009 pra todo mundo! Achei muito legal o recadinho do Ben no começo dessa parte do conto, pois eu mesmo me vi julgando o Ben por algumas atitudes e decisões, mas pra gente que está de fora e nao vivenciou isso tudo é fácil demais julgar, difícil mesmo e viver isso tudo que ele viveu... Obrigado por tudo, Ben. Paulinho, vc sumiu mesmo, hein? To com saudades, viu? E Rafa, adorei conversar com vc, como sempre... qq coisa estou aqui amigo, é só me ligar, kkkkkkkkk. Um Beijao a todos vcs!
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